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De acordo com a atualização mais recente, em 31 de janeiro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,46/litro (ou -11,3%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 5,9% no preço internacional do diesel, e redução de 2,4% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (24/1). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 24 a 31 de janeiro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,44/litro (ou -10,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,55/litro (ou -14,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 31 de janeiro. O resultado teve influência do crescimento de 5,5% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço de refinaria nacional da gasolina, também, não foi ajustado, na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 24 a 31 de janeiro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,54/litro (ou -14,2%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). A variante Ômicron representa cerca de 99% das contaminações por Covid-19 no mundo, porém, grande parte dos países impactados já passaram pelos seus picos de casos diários e suas curvas estão em movimento de declínio. Um crescimento súbito de ocorrências da subvariante stealth, também conhecida como BA.2, vem sendo notificado à Organização Mundial da Saúde (OMS) por diversos países, sobretudo na Ásia e Europa, e já começa a competir com sua irmã BA.1 (Ômicron original). A “subvariante” tem sintomas muito similares aos da Ômicron, porém sua detecção é mais difícil. Após os impactos fracos da última onda de contaminações, os mercados seguem otimistas quanto a recuperação dos indicadores econômicos aos níveis pré-pandêmicos, porém atentos ao surgimento de novas variantes da Covid-19 que representem risco mais elevado.

Os dados oficiais de estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA), divulgados na última semana, indicaram crescimento nos estoques da commodity. De acordo com o relatório semanal da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), os estoques norte-americanos de petróleo cresceram em 2,4 milhões de barris, atingindo volume de 416,2 milhões ao final do período de análise, volume 8% menor do que a média dos últimos cinco anos. Para além, o relatório reportou, também, perdas de 2,8 milhões de barris nos estoques norte-americanos de gasolina, que atualmente se encontram em nível 17% menor do que a média dos últimos cinco anos para o período.

Durante a semana em questão, conversas acerca do retorno do pacto nuclear iraniano voltaram à tona. Segundo Mikhail Ulyanov, principal negociador da Rússia, “Caso as conversas continuem no passo que estão hoje, em princípio é realista que se chegue a um acordo até o fim de fevereiro”, o pacto incluiria a revogação das sanções contra o petróleo da república islâmica, e entraria em vigor a partir de abril. Até o momento, o EUA e o Irã conversaram apenas através de diplomatas de outros países, porém, ainda de acordo com o representante russo, é possível que conversas diretas comecem em pouco tempo.

O fim do período de referência marcou o fechamento de um forte janeiro para a indústria de petróleo. A commodity registrou ganhos de 17% durante o mês, com o Brent sendo negociado a US$ 92,35 por barril (b) no mercado spot no dia 31, e o WTI a US$ 89,16/b no mesmo dia, maiores valores desde outubro de 2014. O preço do barril manteve um rally histórico apesar do dólar em alta e mercado de ações internacional em baixa, impulsionado por uma série de fatores. Somente na última semana: temperaturas baixas no EUA aumentaram a procura por combustíveis; um oleoduto no Equador foi atingido por um deslizamento de rochas e a produção local teve de ser interrompida; e o volume de petróleo em unidades flutuantes de armazenamento registrou queda semanal de cerca de 20%.

Especialistas e executivos do setor voltam a falar sobre previsões do barril a US$ 100/b dentro dos próximos meses. De acordo com Mike Wirth, Chefe Executivo na Chevron Corp., “A demanda está forte, a oferta está com dificuldades de acompanhar e isso é refletido no mercado”. Para ele, o preço de US$ 100/b “está certamente dentro do que se pode esperar no curto prazo”, pois a commodity sofre efeito não só das relações econômicas, mas também do desenvolvimento de conflitos geopolíticos em determinadas regiões, como a possibilidade do conflito entre Rússia e Ucrânia, que traria sérias consequências ao fornecimento energético da Europa e Ásia.