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De acordo com a atualização mais recente, em 7 de fevereiro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,57/litro (ou -13,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 4,1% no preço internacional do diesel, e redução de 1,2% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (31/1). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 31 de janeiro a 7 de fevereiro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,49/litro (ou -11,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,71/litro (ou -18%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 7 de fevereiro. O resultado teve influência do crescimento de 5,9% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço de refinaria nacional da gasolina, também, não foi ajustado, na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 31 de janeiro a 7 de fevereiro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,63/litro (ou -16,1%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). Casos da variante Ômicron estão em declínio ao redor do mundo, indicando a desaceleração da onda de contaminações que, apesar do grande volume de infecções, teve baixo impacto nos indicadores econômicos. Em paralelo à retração da Ômicron original, ao longo das últimas semanas casos da subvariante BA.2 (“stealth”) vem ganhando espaço, e em alguns países, como Dinamarca, Índia e Filipinas, superando a sua “irmã”.  Apesar da nova subvariante não fazer parte do grupo de preocupação da Organização Mundial da Saúde (WHO, na sigla em inglês), a instituição acompanha de perto sua difusão, pois ela apresenta maior potencial de transmissibilidade e mais habilidade para evadir a resposta imune, podendo prolongar a pandemia. Os agentes do mercado seguem observando o posicionamento dos governos acerca da implementação de novas medidas restritivas e estudando a possibilidade de novos choques no lado da demanda.

Os dados oficiais de estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA), divulgados na última semana, indicaram queda nos estoques da commodity. De acordo com o relatório semanal da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), os estoques norte-americanos de petróleo decresceram em 1 milhão de barris, atingindo volume de 415,1 milhões ao final do período de análise, volume 9% menor do que a média dos últimos cinco anos. Para além, o relatório reportou, também, perdas de 2,4 milhões de barris nos estoques de gasolina, que atualmente se encontram em nível 19% menor do que a média dos últimos cinco anos para o período.

Na semana de referência, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) realizaram sua 25ª Reunião Ministerial. Dentre os destaques da reunião, ficou a decisão de aumentar em 400 mil barris por dia (b/d) a produção do grupo em março, refletindo a expectativa da OPEP+ de que não haverá novos choques de demanda no curto prazo. A decisão está em linha com o que se observa nos indicadores do mercado internacional da commodity, com um cenário de demanda crescente, oferta limitada e estoques mundiais em queda.

O preço da commodity vem sofrendo fortes influências de uma série de fatores geopolíticos, com foco no desenvolvimento do conflito entre Rússia e Ucrânia, e do retorno do Acordo Nuclear Iraniano. O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou que foi assegurado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, de que a situação na Ucrânia se manterá estável, e, além do líder francês, representantes de outros países anunciaram que planejam uma visita à Moscou em uma tentativa de apaziguar a situação. Enquanto isso, boatos sobre a volta do Acordo Iraniano e a possibilidade de retirada das sanções contra o óleo do país, deixam o mercado em estado de atenção.

Ao fim do período analisado, a Saudi Aramco, companhia estatal da Arábia Saudita, aumentou o preço de seu barril de petróleo para US$ 95 aos consumidores da Ásia, EUA e Europa. A decisão da companhia foi divulgada poucos dias após a reunião da OPEP+ do mês de fevereiro, em acordo com o plano do grupo de continuar expandindo sua produção no mês de março. Alguns analistas do setor veem com ceticismo a meta de produção da OPEP+, devido à diversos problemas nas cadeias de suprimentos de parte de seus membros, e ressaltam que o aumento de preços da Saudi Aramco pode ser o prenúncio de reajustes positivos de outros produtores do Oriente Médio frente a um mercado apertado.