Post

De acordo com a atualização mais recente, em 13 de junho, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 1,05/litro (ou -17,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a queda de 2% no preço internacional do diesel, e aumento de 6,7% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (6/6). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 6 a 13 de junho), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,92/litro (ou -15,7%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 1,83/litro (ou -32,1%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 13 de junho. O resultado teve influência da redução de 5,1% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Durante o período de referência não houve reajustes no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 6 a 13 de junho), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 1,82/litro (ou -31,9%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de referência, a volatilidade da cotação do barril de petróleo cresceu, sobretudo, por influência de um possível retorno das medidas restritivas na China e de declarações de importantes agentes do setor. Os preços dos derivados nos Estados Unidos (EUA) voltaram a acompanhar os movimentos do óleo cru, porém, seguem pressionados por alguns fatores locais. A aproximação das temporadas de viagens no hemisfério norte, um período historicamente marcado pelo aumento da demanda por combustíveis automotivos, preocupa os agentes do setor. O temor é de que a demanda crescente encontre um mercado com oferta restrita e estoques reduzidos, alimentando a alta de preços.

Ao final da semana de análise, houve surtos de contaminações em Pequim e em Xangai, impulsionando uma nova onda de testes em massa, e rumores sobre reinstituição de medidas restritivas. Cerca de 200 casos foram registrados e relacionados a um único estabelecimento de Pequim, logo após o início das reaberturas. Autoridades da capital definiram a situação como “feroz” e “explosiva”, e declararam a testagem obrigatória de 3,5 milhões de habitantes. O mercado segue observando o andamento das medidas sanitárias com atenção, temendo um novo impacto sobre a demanda, cuja expectativa era de recuperação nos próximos meses.

Declarações de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+) e a volta da paralisação no campo de El Sharara, influenciaram o preço da commodity de forma positiva. Segundo o Secretário-Geral da OPEP, Mohammad Sanusi Barkindo, “há um déficit massivo de investimentos na indústria do petróleo, que deve ser revertido urgentemente”, adicionando que, “com a exceção de 2 ou 3 membros, todos estão operando em capacidade máxima”. Na Líbia, o campo de El Sharara, reaberto recentemente após ficar com atividades suspensas por 2 meses, voltou a ser ocupado por rebeldes. A projeção de autoridades é de que a produção do país sofra redução de 140 mil barris por dia, alcançando o menor nível dos últimos dois anos.

Ao início do período, uma análise divulgada pelo banco de investimentos Goldman Sachs, também influenciou positivamente o preço do barril. Segundo os analistas da organização, o petróleo deve alcançar a média de US$ 135 por barril, nos 12 meses seguintes a julho de 2022, para que o mercado volte à uma condição de equilíbrio até o final de 2023. A teoria é de que os estoques globais devem passar por uma reconstrução, simultaneamente ao aumento de demanda na China e produção reduzida da Rússia.