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De acordo com a atualização mais recente, em 14 de fevereiro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,61/litro (ou -14,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 2,9% no preço internacional do diesel, e redução de 1,5% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (7/2). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 7 a 14 de fevereiro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,53/litro (ou -12,7%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,75/litro (ou -18,7%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 14 de fevereiro. O resultado teve influência do crescimento de 2,6% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço de refinaria nacional da gasolina, também, não foi ajustado, na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 7 a 14 de fevereiro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,68/litro (ou -17,2%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19), além da forte intervenção das tensões e riscos geopolíticos. A média móvel de contaminações de 7 dias, utilizada para verificar a tendência da onda de contaminações, vem declinando rapidamente, em nível global. A variante Ômicron, combustível da quarta onda da Covid-19, apesar de apresentar um grande volume de infecções, teve pouco impacto nos indicadores econômicos após o anúncio de sua descoberta. Diante do exposto, as expectativas para o curto prazo são positivas, no entanto, os mercados seguem observando com atenção alertas novas variantes.

Os dados oficiais de estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA), divulgados na última semana, indicaram queda nos estoques da commodity. De acordo com o relatório semanal da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), os estoques norte-americanos de petróleo decresceram em 4,8 milhões de barris, atingindo volume de 410,4 milhões ao final do período de análise, volume 11% menor do que a média dos últimos cinco anos. Para além, o relatório reportou, também, perdas de 1,6 milhões de barris nos estoques de gasolina, que atualmente se encontram em nível 3% menor do que a média dos últimos cinco anos para o período.

Na semana de referência, a Agência Internacional de Energia (IEA) publicou o “Oil Market Report” referente ao mês de fevereiro de 2022, trazendo os resultados de janeiro no setor de petróleo, assim como as expectativas para o restante de 2022. O relatório destaca o rally da commodity observado ao longo do mês de janeiro, e atribui o movimento altista à subperformance de países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), junto ao crescimento constante de tensões geopolíticas no leste europeu e níveis de estoque globais abaixo das médias históricas. Segundo cálculos da agência, as falhas consecutivas de membros da OPEP+ em atingir suas metas de produção, já deixaram cerca de 300 milhões de barris (b), ou 800 mil barris por dia (b/d), fora do mercado desde o início de 2021, exacerbando também a falta de capacidade ociosa destes países.

Além da IEA, a EIA também publicou seu relatório mensal acerca da área de energia, petróleo e gás natural, o “Short-Term Energy Outlook”,de fevereiro de 2022. De acordo com a instituição, o preço médio do petróleo Brent foi de US$ 87 por barril (US$/b) em janeiro, crescimento de US$ 12/b se comparado ao mês de dezembro de 2021, e seguirá próximo dos preços correntes durante o primeiro semestre de 2022, com expectativa de alcançar em média US$ 87/b no período e US$ 75/b, na segunda metade do ano. As estimativas do relatório são de que os estoques registraram quedas em janeiro, contrariando as expectativas de alta previstas em sua edição anterior, com destaque aos estoques comerciais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que chegaram a 2,68 bilhões de barris, o seu menor nível desde meados de 2014.

Desde o início da semana em análise, os mercados observaram de perto a evolução do possível retorno do Acordo Nuclear Iraniano. Segundo o representante da União Europeia para Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, as partes do acordo já estão alcançando as últimas etapas de negociação. Já Mikhail Ulyanov, representante da Rússia nas reuniões sobre o assunto, declarou ao Kommersant, jornal de Moscou, que os negociadores já alcançaram a “linha de chegada”, e se realizado o acordo, o período de preparação para implementação das medidas seria de um a dois meses. Alguns especialistas do setor acreditam que, após o levantamento das sanções, Teerã pode exportar até 1 milhão de b/d dentro de poucos meses.

O preço da commodity no período, ainda, continuou sob forte influência do embate entre Rússia e Ucrânia. Rumores e declarações oficiais acerca do possível conflito são inconclusivos, e as conversas entre líderes de estados e seus representantes parece não avançar. O clima de incerteza alimenta um fator político na precificação do barril e incentiva movimento de alta.