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De acordo com a atualização mais recente, em 8 de novembro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,37/litro (ou -10%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a queda de 1,2% no preço internacional do diesel, junto a redução de 3,1% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (1º/11). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 1º a 8 de novembro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,42/litro (ou -11,0%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,38/litro (ou -10,7%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 8 de novembro. O resultado teve influência da queda de 5,6% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço de refinaria nacional da gasolina, também, não foi ajustado, na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 1º a 8 de novembro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,52/litro (ou -13,7%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19).Na última semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou a Europa e a Ásia Central como epicentros da nova onda de infecções de Covid-19. O diretor regional da OMS na Europa, Hans Kluge, classificou a situação da região como de “grave preocupação”, recomendando a retomada de medidas restritivas e o incentivo a vacinação de toda população. Consequentemente, o súbito crescimento em infecções, junto às recentes declarações pessimistas dos agentes internacionais da saúde, traz ao mercado preocupação quanto a retomada das atividades econômicas, sobretudo em um cenário de novas medidas sanitárias, que podem voltar a influenciar negativamente os níveis de demandas em diversos setores.

Os dados oficiais de estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA), divulgados na última semana, indicaram, pelo segundo período de análise consecutivo, acréscimo acima das expectativas. De acordo com o relatório semanal da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), os estoques norte-americanos de petróleo subiram 3,3 milhões de barris, alcançando 434,1 milhões ao final da semana de análise. As elevações de estoques observadas nos dois últimos relatórios, sinalizam ao mercado um afrouxamento na defasagem entre oferta e demanda no setor, levando ao enfraquecimento momentâneo do sentimento altista que prevaleceu durante o mês anterior.

A cotação da commodity foi influenciada, também, pela realização da reunião mensal de países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), em 4 de novembro. Apesar da solicitação norte-americana de revisão do plano de oferta da organização, para 800 mil b/d de petróleo, o dobro do objetivo determinado na reunião de 19 de julho deste ano, de 400 mil b/d, representantes da OPEP+ apontam a insegurança em relação a retomada econômica como um dos principais fatores para a recusa do pedido estadunidense, destacando que uma nova onda de casos e medidas restritivas, somadas a um aumento hipotético na produção, podem gerar um cenário de sobre oferta da commodity, prejudicando o setor.

Durante o período de análise, expectativas acerca da resposta do presidente dos EUA à decisão da OPEP+ também afetaram o preço do barril. Em 6 de novembro, Joe Biden, atual presidente norte-americano, declarou que o país tem as ferramentas necessárias para lidar com a recusa do grupo de produtores. Ao longo da semana, agentes do setor observaram com atenção a possível decisão de Joe Biden acerca da utilização, ou não, das reservas estratégicas norte-americanas em função de desacelerar a alta de preços.

Em entrevista à Bloomberg, Ed Morse, diretor global de pesquisa em commodities da Citigroup Inc., contrariou as declarações da OPEP+ em sua reunião, prevendo um incremento na demanda no próximo ano. Segundo o especialista, 2022 será um ano de grandes surpresas positivas em termos de produção de países não associados a OPEP+, os quais, incluindo EUA, verão crescimento da produção acima de qualquer membro da organização.

Através de uma nota ao mercado, o banco Goldman Sachs Group Inc., declarou que a volatilidade da commodities deve subir nas próximas semanas, frente ao claro desacordo entre a OPEP+ e os EUA. Segundo a instituição, os mercados de petróleo ainda estão subabastecidos, e, apesar de possibilitar alívio temporário, uma retirada das reservas estratégicas norte-americanas pode trazer efeitos colaterais no ano seguinte.