Post

De acordo com a atualização mais recente, em 5 de julho, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,33/litro (ou 6,3%) acima do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a queda de 14,9% no preço internacional do diesel, e aumento de 3,2% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (27/6). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 27 de junho a 5 de julho), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,12/litro (ou -1,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,78/litro (ou -16,1%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 5 de julho. O resultado teve influência da redução de 12,8% do preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Durante o período de referência não houve reajustes no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 27 de junho a 5 de julho), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 1,04/litro (ou -20,2%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de referência, a cotação do barril de petróleo apresentou queda, pressionada pelo anúncio do retorno das metas de produção dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+), junto às preocupações crescentes quanto a um possível período de recessão na economia global. Em 5 de junho, o barril tipo Brent apresentou, em termos absolutos, a terceira maior queda de sua história, de US$ 11,31 (-9,3%), e em junho, foi registrada a primeira redução mensal, desde novembro de 2021. Apesar da redução expressiva no valor do ativo, o momentum do movimento de baixa ainda é fraco, e alguns fatores, principalmente associados às interrupções nas cadeias produtivas do setor, tendem a equilibrar o cenário.

A realização da 30ª Reunião Interministerial da OPEP+, em 30 de junho, marcou a retomada dos planos de produção do grupo aos níveis pré-pandêmicos. Foi reiterada a decisão de ajustar para 648 mil barris por dia (b/d) a meta de produção dos países membros. Essa resolução, assim como na reunião anterior, ocorrida em junho, teoricamente aponta para um incremento no nível de oferta global, no entanto, a organização vem apresentando níveis de produção reais abaixo de seu planejamento. Em junho, a oferta de membros foi 120 mil b/d abaixo da meta, o segundo resultado consecutivo aquém do esperado.

Movimentos especulativos tanto do mercado financeiro quanto do cambial foram um dos maiores responsáveis pela desvalorização do barril na semana de análise. O banco central americano (FED, na sigla em inglês) anunciou o maior aumento de sua taxa de juros na última década, alimentando o sentimento de insegurança do mercado quanto à estabilidade da economia americana, por indicar uma posição de políticas monetárias mais agressivas, tradicionalmente associadas à períodos turbulentos na história da economia contemporânea. Em função dos movimentos do FED e fragilidade das cadeias produtivas europeias, dada a atual conjuntura, o euro atingiu o seu menor valor em relação ao dólar em 20 anos. Ambos os acontecimentos tiveram efeito significativo na negociação de todas as commodities, sobretudo os energéticos, devido a associação de sua demanda aos níveis de atividade econômica globais.