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De acordo com a atualização mais recente, em 19 de abril, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,16/ litro (ou -5,3%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a elevação de 4,2% no preço internacional do diesel, com relação ao preço da semana anterior (12/04), somado a redução de 2,3% na taxa de câmbio (R$/US$). Em 16 de abril, a Petrobras aumentou o preço do diesel na refinaria nacional em 3,7%.

Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:

Na média semanal (13 a 19 de abril), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,24/litro (ou -8,0%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,49/litro (ou -15,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 19 de abril. O resultado teve influência do aumento de 2,1% no preço internacional da gasolina, com relação à semana anterior, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço da gasolina na refinaria nacional foi ajustado em 1,9%, a partir de 16 de abril.

Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:

Na média semanal (13 a 19 de abril), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,55/litro (ou -17,4%) abaixo do preço do Golfo do México.

Na semana em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência da pandemia do coronavírus (Covid-19). Consequentemente, permanece a preocupação com a demanda global pela commodity. Apesar da campanha de vacinação nos Estados Unidos (EUA) ter atingido a marca de 200 milhões de doses, o avanço da imunização em alguns países em desenvolvimento segue em ritmo lento. Além disso, é grande a diferença do nível de contaminação pelo vírus nos países desenvolvidos e nos em desenvolvimento. A Índia, por exemplo, registrou um novo recorde diário de contaminação na semana em questão. Tal fato, pode reduzir a demanda por petróleo e seus derivados, caso seja necessária a adoção de novas medidas restritivas para conter a disseminação da Covid-19.

Por outro lado, nutriram expectativas positivas para a demanda de petróleo, a divulgação de dados da produção industrial na China, que subiu 14,1% em março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O número, embora aquém das expectativas, mostra a recuperação do maior importador líquido mundial de petróleo. Ainda apoiaram a perspectiva de maior demanda de petróleo, o crescimento trimestral recorde do PIB na China e dados macro positivos dos EUA.

Também influenciou a cotação do barril, a divulgação do relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE), elevando sua perspectiva de demanda de petróleo. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou sua previsão de crescimento econômico global de 5,1% para 5,4% e, também, ampliou sua previsão de demanda pela commodity.

Outro dado positivo foi a queda dos estoques de petróleo nos EUA, segundo dados semanais divulgados pelo Departamento de Energia (DoE) e pelo American Petroleum Institute (API), que reportaram quedas de 5,9 milhões de barris e 3,6 milhões de barris, respectivamente. A queda superou a expectativa do mercado.

Por fim, tensões geopolíticas, também, ajudaram a sustentar os valores do petróleo à medida que foram divulgadas informações de que rebeldes Houthi, apoiados pelo Irã, atacaram uma instalação de petróleo saudita. O mercado, ainda, está atento às negociações em andamento sobre um acordo nuclear entre o Irã e as potências mundiais.