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De acordo com a atualização mais recente, em 7 de junho, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,22/ litro (ou -7,6%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 3,0% no preço internacional do diesel, com relação ao preço do último levantamento da semana de 24 de maio, contrastado com a diminuição de 5,1% na taxa de câmbio (R$/US$) para o mesmo período. Não houve ajustes no preço doméstico do diesel nas duas semanas cumulativas em análise.

Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:

Na média das duas últimas semanas (de 24 de maio a 7 de junho), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,26/litro (ou -8,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,40/litro (ou -13,2%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 7 de junho. O resultado teve influência do aumento de 3,7% no preço internacional da gasolina, com relação às duas últimas semanas, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço da gasolina na refinaria nacional, também, não foi ajustado pela Petrobras no período em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:

Na média de ambas as semanas (de 24 a 7 de junho), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,44/litro (ou -14,4%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). Entretanto, a despeito das medidas de restrição social ainda em vigor, os contratos futuros da commodity foram impulsionados pela perspectiva de melhor performance da economia global em 2021. O otimismo a respeito de uma retomada econômica mais sólida das economias emergentes junto a maior empregabilidade e atividade econômica dos Estados Unidos (EUA) sustentaram a apreciação do petróleo. Adicionalmente, a chegada do verão em meio a gradual flexibilização das restrições sociais alimenta as expectativas de maior demanda por combustíveis do maior consumidor mundial e no hemisfério norte como um todo.

A aumento progressivo da estimativa de crescimento dos EUA se refletiu nas duas últimas semanas através das reduções dos excedentes as expectativas no estoque de petróleo. Os sucessivos encolhimentos de 1,6 e 5,1 milhão de barris em reserva, divulgado pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), também, impactaram o preço da commodity.

A despeito do contínuo avanço na negociação do acordo nuclear entre os EUA e Irã e do possível alívio das sanções impostas ao petróleo iraniano, o risco de sobreoferta tem diminuído. A OPEP, na reunião em 1º de junho, sinalizou dar continuidade à política de produção expansionista, uma vez que acredita no crescimento econômico robusto e sustentável a partir do segundo semestre, em especial da China e dos EUA, capazes de absorver a oferta iraniana. Contudo, ainda sujeitos a ressurgência de novas mutações e infecções, a organização ressaltou que o cenário ainda é incerto e requer prudência.