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Se tivéssemos, há cinco anos, feito o leilão de térmicas a gás e realizado o leilão da Eletrobras, não estaríamos agora com o risco de faltar energia

 

Déjà vu (que significa “já visto” em francês) é a expressão usada para descrever aquela sensação de que você já esteve em determinado lugar ou já fez a mesma coisa antes. Muitos lembram do ano de 2001 devido ao ataque as Torres Gêmeas em Nova Iorque. No Brasil, o ano de 2001 foi marcado pelo racionamento. Após 20 anos de crise elétrica, estaríamos vivendo um déjà vu?

No 1º trimestre de 2001, a crise de abastecimento se tornava realidade, com níveis de chuva aquém do esperado, o nível de armazenamento dos reservatórios começava a cair e o temor do racionamento era crescente. A causa do racionamento de 2001 foi a oferta insuficiente de energia, durante a crise hídrica, para suprir a demanda, a falta de térmicas e um sistema de transmissão ainda pouco integrado. O Plano de Desenvolvimento Decenal em 1990 já apontava para riscos de racionamento na próxima década, devido à alta vulnerabilidade ao clima do sistema energético brasileiro.

Não existe fonte de energia melhor ou pior, mas, sim, um planejamento ruim. O que tem se notado nos últimos anos, é a falta de um planejamento que considere o legítimo atributo que cada fonte primária de energia pode desempenhar na matriz elétrica brasileira. Com isto, as políticas praticadas não maximizam a utilização das diferentes fontes para a geração de energia elétrica, desperdiçando a vantagem comparativa da diversidade energética existente no Brasil.

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Postado originalmente pelo Estadão.