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Para Adriano Pires, do CBIE, há risco de blecaute e de quedas de frequências ainda neste ano

 

Neste ano pode ser que consigamos evitar um racionamento de energia elétrica, mas será muito difícil não haver blecautes. Em 2022, o risco de racionamento é ainda maior, e o que pode nos salvar disso é um desempenho fraco da economia, como preveem bancos e consultorias, afirma Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE).

Para o economista, o governo está trabalhando “no fio da navalha”, mexendo na tarifa e fazendo leilões para contratação de energia gerada por térmicas, mas há duas variáveis importantes que não controla: as chuvas e o ritmo de retomada da economia.

“Em 2021 conseguimos passar sem racionamento porque começará a haver algum alívio em novembro e dezembro, com a energia de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte, três usinas gigantes a fio d’água, que não têm reservatório e só geram energia quando chove”, diz Pires, em entrevista ao Valor. “Mas o que pode acontecer ainda neste ano são blecautes localizados e programados e queda de frequência [com aparelhos desligando e religando], pois estamos tendo dificuldade em atender o pico da demanda do dia.”

 

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Publicado originalmente Por Marsílea Gombata para o Valor.
Crédito da imagem: (Por MaJew Sakulpat/Shutterstock)