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No informe de hoje, 25 de julho, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 17 e 24 de julho de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados acumularam perdas moderadas. As principais influências sobre as negociações do setor vieram de movimentações no Oriente Médio, mais especificamente no Iraque, e de mudanças na perspectiva econômica de curto e médio prazo. Para além, vale pontuar também o efeito do acompanhamento semanal dos estoques de energéticos nos Estados Unidos (EUA), que trouxe resultados mistos, proporcionando ganhos notáveis nos ativos associados a combustíveis.

Na primeira sessão de referência, o barril recebeu suporte do surgimento de novas ameaças a oferta no Oriente Médio. Segundo o governo do Iraque, a produção de cerca de 200 mil barris por dia (b/d) foi comprometida em função de ataques de drones a diversos campos de extração na região do Curdistão.

Posteriormente, o movimento positivo foi revertido pela perspectiva de incremento da oferta de óleo iraquiana. O governo do país árabe aprovou um plano para viabilizar a exportação de barris da região semiautônoma Curda através do oleoduto Iraque-Turquia, alimentando a perspectiva de uma oferta robusta no curto prazo e dando fim a um fator que vinha limitando a estratégia de produção iraquiana.

A pressão sobre a commodity se intensificou pela identificação de um acúmulo de barris no ponto de entrega de Cushing, nos EUA. Além disso, a especulação quanto aos possíveis efeitos das tarifas de Donald Trump, prometidas para entrar em vigor a partir do dia 1º de agosto, e a divulgação de resultados econômicos aquém do esperado no setor de manufatura norte-americano também foram determinantes para a percepção de analistas.

No final do recorte, o principal suporte para as negociações veio da melhoria da perspectiva econômica de curto prazo, alimentada sobretudo pelo sucesso do acordo comercial entre EUA e Japão. O sentimento otimista se intensificou após a Bloomberg relatar que há sinais de que os EUA e a União Europeia estão próximos de alcançar um tratado bilateral para reduzir os efeitos das tarifas prometidas. Para além, no mercado de ações, o S&P 500 atingiu, pela segunda vez em menos de uma semana, um recorde histórico, contaminando positivamente o mercado de comodities.

Petróleo Brent: Entre 17 e 24 de julho, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram variação de -0,49%, iniciando o período em US$ 69,52/b e fechando em US$ 69,18/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 17 e 24 de julho, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve variação de -0,89%, iniciando o período em R$ 5,57/US$ e fechando em R$ 5,52/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.