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No informe de hoje, 1 de agosto, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 24 e 31 de julho de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados acumularam ganhos substanciais. A principal influência sobre as negociações da commodity veio das flutuações nas perspectivas para atividade econômica global de curto e médio prazo. A iminência de novas sanções norte-americanas à indústria de Óleo e Gás (O&G) da Rússia e a divulgação de um acúmulo inesperado nos estoques comerciais dos Estados Unidos (EUA) também impactaram a cotação do barril.

Nos primeiros dias do recorte, a melhoria da perspectiva econômica de curto prazo foi o principal suporte, somando-se a deterioração da relação entre EUA e Rússia. O sucesso do acordo comercial entre os EUA e a União Europeia, assim como a extensão da trégua do país norte-americano com a China, alimentou o otimismo de analistas do mercado. Simultaneamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que mudará o prazo para a Rússia alcançar um cessar-fogo na Ucrânia para cerca de 10 a 12 dias.

Durante a sessão seguinte, confirmando suas falas do dia anterior, o chefe de estado norte-americano reduziu para 10 dias o prazo para que a Rússia alcance um cessar-fogo na Ucrânia. A valorização do barril ganhou tração após Trump afirmar que “não está preocupado” com a reação dos mercados de petróleo na eventual aplicação de novos embargos. Na visão de analistas da JPMorgan Chase, agentes do setor seriam incapazes de ignorar tarifas de três dígitos sobre o petróleo russo, dada a magnitude de suas exportações e a decrescente capacidade ociosa de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+).

Por fim, no final da semana, o barril foi positivamente impactado pela divulgação de resultados econômicos nos EUA e na Europa, assim como ameaças de Donald Trump à Índia. Tanto nos EUA quanto na Zona do Euro, os indicadores de crescimento do PIB do segundo trimestre (2T25) apresentaram um desempenho consideravelmente acima do esperado, reforçando a confiança de analistas. O petróleo continuou recebendo suporte após Trump ameaçar penalizar a Índia comercialmente por ser um dos maiores consumidores de produtos energéticos russos, elevando a percepção de risco econômico no cenário global.

Petróleo Brent: Entre 24 e 31 de julho, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 4,84%, iniciando o período em US$ 69,18/b e fechando em US$ 72,53/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 24 e 31 de julho, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve valorização de 1,42%, iniciando o período em R$ 5,52/US$ e fechando em R$ 5,60/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.