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No informe de hoje, 22 de agosto, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 14 a 21 de agosto de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados deram continuidade a tendência de alta volatilidade, acumulando ganhos moderados. A principal influência sobre os ativos do setor durante todo o recorte foi a especulação de analistas quanto ao resultado dos encontros entre Donald Trump e Vladimir Putin, assim como do presidente norte-americano com líderes europeus ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. Vale observar, também, um impacto pontual do acompanhamento dos estoques comerciais de óleo dos Estados Unidos (EUA) e da divulgação de resultados econômicos positivos inesperados em importantes centro consumidores.

Inicialmente, apesar da crescente incerteza quanto aos resultados das conversas entre Donald Trump e Vladimir Putin, agentes do mercado se posicionaram de forma defensiva, antecipando a redução do risco geopolítico associado ao barril. Os resultados concretos das negociações de paz não foram significativos, sem oferecer uma saída clara para a situação. O clima de insegurança continuou permeando as análises do setor durante boa parte do recorte, sem nenhuma evolução definitiva nas condições para um cessar-fogo na região. 

O otimismo de analistas do setor cresceu após Zelenskiy anunciar avanços notáveis em relação a garantias de segurança para o seu país e ao adiamento das exigências de questões territoriais em qualquer acordo de curto prazo. A próxima etapa das negociações de paz será um encontro entre Zelenskiy e sua contraparte russa, Vladimir Putin, com intermédio de Donald Trump. Agora a perspectiva é de que o sucesso dessas reuniões pode levar ao arrefecimento das sanções internacionais contra a indústria de óleo e gás da Rússia, pressionando os preços da commodity. 

Por fim, além da manutenção do forte suporte vindo da divulgação de quedas inesperadas nos estoques comerciais de óleo bruto e gasolina nos EUA, o barril foi positivamente impactado pela publicação de resultados econômicos positivos ao redor do mundo. Os valores mais relevantes foram observados no setor de manufatura norte-americano e da Zona do Euro, reforçando a confiança de analistas no nível de atividade econômica de curto prazo. Tanto nos EUA quanto na Europa, o indicador de atividade do segmento atingiu o patamar mais alto em 3 anos.

Petróleo Brent: Entre 14 e 21 de agosto, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 1,24%, iniciando o período em US$ 66,84/b e fechando em US$ 67,67/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 14 e 21 de agosto, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve valorização de 1,36%, iniciando o período em R$ 5,41/US$ e fechando em R$ 5,48/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.