Análise Semanal da Defasagem – 10/10/2025

No informe de hoje, 3 de outubro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.
De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 2 e 9 de outubro de 2025.
Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados registraram alta volatilidade, acumulando ganhos moderados. As principais influências às negociações da commodity foram novos desenvolvimentos geopolíticos no Leste Europeu e no Oriente Médio, que se somaram aos efeitos da última reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+). Em menor escala, os preços também foram impactados pela divulgação do acompanhamento semanal dos estoques comerciais de energéticos nos Estados Unidos (EUA).
Durante os primeiros dias do recorte, os principais suportes para a valorização da commodity foram o resultado da reunião mensal da OPEP+ e novos ataques da Ucrânia à infraestrutura da indústria de Óleo e Gás (O&G) da Rússia. Durante o fim de semana, a OPEP+ anunciou um incremento de 137 mil barris por dia (b/d) a partir de novembro, consideravelmente abaixo dos 500 mil b/d esperado por analistas do setor. Já no Leste Europeu, de acordo com uma reportagem da Reuters, a refinaria russa Kirishi, com capacidade de processamento de 160 mil b/d, interrompeu suas atividades em função de ataques de drones ucranianos.
Em seguida, a Saudi Aramco, estatal saudita, decidiu manter seus preços inalterados para clientes na Ásia, sinalizando a expectativa de uma demanda fraca no curto prazo. O movimento pressionou a commodity, se combinando a perspectiva de analistas de um cenário de sobreoferta iminente no curto prazo.
Ao longo da semana, o registro de um novo recorde histórico na S&P 500 contaminou positivamente o mercado de commodities, reforçando a perspectiva de uma atividade econômica robusta. A valorização do barril foi logo compensada pelo arrefecimento das tensões geopolíticas no Oriente Médio. Em um marco significativo para as conversas de paz na região, Israel e Hamas concordaram com os termos para um cessar-fogo em Gaza. Imediatamente após o anúncio do acordo, Israel deu início à primeira fase de retirada de suas tropas do território palestino, alimentando o otimismo de analistas que observam atentamente os desenvolvimentos do confronto.
Petróleo Brent: Entre 2 e 9 de outubro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 1,73%, iniciando o período em US$ 64,11/b e fechando em US$ 65,22/b.
Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.
Taxa de Câmbio: Entre 2 e 9 de outubro, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar registrou variação de +0,17%, iniciando o período em R$ 5,34/US$ e fechando em R$ 5,35/US$.