Post

No informe de hoje, 7 de novembro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 30 de outubro e 6 de novembro de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados registraram a segunda semana consecutiva de perdas moderadas. Um conjunto diverso de fatores impactou as negociações do setor, indo desde a esfera geopolítica local até a perspectiva econômica global de curto prazo.

Durante o primeiro dia do recorte, o barril recebeu suporte da possibilidade de um ataque dos Estados Unidos (EUA) à Venezuela, ventilada na mídia, que trouxe apreensão ao mercado. Contudo, o boato foi desmentido pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Além disso, a divulgação de dados industriais chineses, mais fraco do que o esperado e em queda pelo sétimo mês consecutivo, ampliou as preocupações com a demanda futura de petróleo pela China.

Em seguida, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+) confirmou os rumores circulados durante a semana anterior, anunciando um novo incremento de suas metas de produção para dezembro. Para o primeiro trimestre de 2026 (1T26), entretanto, a organização prometeu uma paralisação dos aumentos de oferta, dando breve suporte às cotações da commodity.

Durante o restante do recorte, a maior fonte de pressão sobre as negociações do barril foi a divulgação do Weekly Petroleum Status Report, da U.S. Energy Information Agency (EIA). O relatório apontou para um aumento substancial inesperado nos estoques comerciais de petróleo dos EUA, sugerindo uma demanda aquém do esperado na região. Em contrapartida, os inventários de gasolina tiveram uma queda expressiva, dando um breve suporte às negociações de contratos de derivados.

Por fim, na última sessão analisada, a principal influência sobre as negociações do barril foi o anúncio da redução dos preços do petróleo vendido pela Saudi Aramco a seus clientes na Ásia. Para entregas a partir de dezembro, a petroleira saudita reajustou o valor do barril em –US$ 1,20, o patamar mais baixo em 11 meses, semeando insegurança entre analistas quanto a atividade econômica do continente asiático no curto prazo. 

Petróleo Brent: Entre 30 de outubro e 6 de novembro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram desvalorização de 2,49%, iniciando o período em US$ 65,00/b e fechando em US$ 63,38/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.Taxa de Câmbio: Entre 30 de outubro e 6 de novembro, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar registrou variação de -0,74%, iniciando o período em R$ 5,38/US$ e fechando em R$ 5,34/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.