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No informe de hoje, 3 de outubro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 25 de setembro e 2 de outubro de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados acumularam perdas substanciais. A principal influência sobre as negociações da commodity foi a perspectiva de novos incrementos de produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) e a intensificação do risco geopolítico no Leste Europeu. Vale notar, também, o impacto do acompanhamento dos estoques comerciais de petróleo e gasolina nos Estados Unidos (EUA) e a paralisação dos serviços do governo federal do país.

Durante os primeiros idas do recorte, o barril recebeu suporte da maior pressão norte-americana sobre países que ainda compram energéticos da Rússia. Donald Trump elevou o tom das cobranças para um fim do conflito na Ucrânia e entrou em contato com a Turquia para pressionar pela interrupção das entregas de óleo, gás natural e derivados russos ao país. O líder do executivo declarou que também buscará uma decisão semelhante por parte da Hungria.

Em seguida, após o anúncio do retorno de um volume expressivo da produção iraquiana nos próximos meses, a Bloomberg relatou que membros da OPEP+ estão avaliando o anúncio de um novo incremento de suas metas de produção durante sua próxima reunião, marcada para 5 de outubro. Segundo representantes, o grupo deve discutir acelerar a retomada de sua oferta a partir de novembro, com expansões mensais de cerca de 500 mil barris por dia (b/d). A aposta de analistas é que o cumprimento desse movimento pode levar a um cenário de sobreoferta no curto e médio prazo.

Posteriormente, o barril seguiu pressionado pela divulgação de incrementos acima do esperado nos estoques comerciais norte-americanos de petróleo e gasolina, divulgados no Weekly Petroleum Status Report, da U.S. Energy Information Administration (EIA). As perdas se aprofundaram com a concretização do impasse político nos EUA, que levou a paralisação de diversos serviços do governo do país. Em experiências similares do passado, a interrupção das atividades federais teve um reflexo notável na medição do PIB norte-americano.

Petróleo Brent: Entre 25 de setembro e 2 de outubro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram desvalorização de 7,65%, iniciando o período em US$ 69,42/b e fechando em US$ 64,11/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.Taxa de Câmbio: Entre 25 de setembro e 2 de outubro, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar registrou variação de +0,04%, iniciando o período em R$ 5,34/US$ e fechando em R$ 5,34/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.