Análise Semanal da Defasagem – 04/07/2025

No informe de hoje, 4 de julho, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.
De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 26 de junho e 3 de julho de 2025.
Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados apresentaram ganhos moderados. O principal fator de influência sobre as negociações do barril de petróleo foi a mudança da perspectiva econômica e geopolítica global de curto prazo. Avanços diplomáticos entre Estados Unidos (EUA), China e Irã foram determinantes para os movimentos da commodity, assim como a antecipação de analistas quanto a próxima reunião interministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+).
Logo no primeiro dia do recorte, o petróleo recebeu suporte de comentários do Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. O representante norte-americano afirmou que os EUA e a China concluíram as conversas sobre o acordo comercial anunciado em Geneva no mês anterior. Lutnick também anunciou que a Casa Branca tem planos iminentes para alcançar tratados com pelo menos 10 grandes parceiros comerciais dentro do prazo para o retorno das tarifas recíprocas, 9 de julho.
Em seguida, a especulação quanto a decisão que será tomada no próximo encontro OPEP+, marcado para ocorrer no domingo, dia 6 de julho, pressionou o barril. A expectativa de analistas é de que o grupo anuncie um novo incremento de 411 mil barris por dia (b/d), alimentando a probabilidade de um cenário de sobreoferta ainda no curto prazo. Comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, também pressionaram o barril. Segundo o líder de estado, ele pode apoiar a retirada parcial das sanções sobre o Irã caso o país “possa ser pacífico”.
Vale observar que houve uma breve recuperação dos ativos do setor em função de um desempenho fraco do índice do dólar, ao longo de todo o recorte em questão, que alcançou o patamar mais baixo em mais de 3 anos, e do registro de novos recordes históricos consecutivos na S&P 500.
Por fim, no final da semana, a percepção de risco na região voltou a influenciar as negociações após o Irã ter se movimentado para cortar comunicações com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês). O maior temor de analistas é de que a decisão possa ser utilizada como justificativa para novos ataques de Israel e dos EUA na infraestrutura nuclear do país, reiniciando o conflito. Segundo uma publicação da Axios, no entanto, os EUA planejam recomeçar as conversas sobre o acordo nuclear iraniano, alimentando a possibilidade de uma redução das sanções sobre a república islâmica ainda no curto prazo e dissipando parte da preocupação de observadores.
Petróleo Brent: Entre 26 de junho e 3 de julho, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 1,58%, iniciando o período em US$ 67,73/b e fechando em US$ 68,80/b.
Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.
Taxa de Câmbio: Entre 26 de junho e 3 de julho, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve desvalorização de 1,70%, iniciando o período em R$ 5,51/US$ e fechando em R$ 5,42/US$.