Análise Semanal da Defasagem – 05/09/2025

No informe de hoje, 5 de setembro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.
De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 28 de agosto e 4 de setembro de 2025.
Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados registraram perdas substanciais. As negociações foram influenciadas sobretudo pela divulgação de resultados econômicos no fim da semana anterior, que se somou a deterioração das apostas de um cessar-fogo no curto prazo no Leste Europeu e a perspectiva de um novo aumento de produção de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+). No fim do recorte, a divulgação do acompanhamento semanal dos estoques de energéticos nos Estados Unidos (EUA) também pesou sobre o barril.
No início do recorte, principal fator de influência foi a divulgação de indicadores e resultados econômicos aquém do esperado. Nos EUA, tanto o índice de sentimento do consumidor quanto o índice de preços da manufatura tiveram quedas inesperadas. Já na Europa, as vendas do varejo na Alemanha, uma das principais economias do continente, tiveram a queda mais acentuada dos últimos 2 anos. As publicações alimentaram a insegurança de analistas do setor, pressionando o barril.
Em seguida, a commodity apresentou uma breve recuperação em função do surgimento de novas ameaças a oferta de petróleo e derivados no curto prazo, consequência da continuidade do conflito no Leste Europeu. Na Rússia, repetidos ataques de drones ucranianos a refinarias restringiram a capacidade de processamento de óleo do país para o patamar mais baixo dos últimos 3 anos. Simultaneamente, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o seu país deve avaliar sanções adicionais à indústria de Óleo e Gás (O&G) da Rússia devido ao prolongamento da guerra na Ucrânia, alimentando a perspectiva de redução da oferta global ainda nas próximas semanas.
Por fim, no fim da semana a maior fonte de pressão sobre o barril veio de uma publicação da Reuters, que levantou a possibilidade de que a OPEP+ promova um novo aumento de suas metas de produção no curto prazo. Caso o novo incremento de oferta se materialize, analistas veem um cenário de sobreoferta notável durante os próximos meses. Para além, o Weekly Petroleum Status Report, da U.S. Energy Information Administration (EIA), apontou para um aumento inesperado dos inventários de óleo norte-americanos, sugerindo uma demanda aquém das expectativas no período corrente.
Petróleo Brent: Entre 28 de agosto e 4 de setembro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram desvalorização de 2,38%, iniciando o período em US$ 68,62/b e fechando em US$ 66,99/b.
Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.
Taxa de Câmbio: Entre 28 de agosto e 4 de setembro, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve variação de +0,87%, iniciando o período em R$ 5,41/US$ e fechando em R$ 5,46/US$.