Post

No informe de hoje, 5 de dezembro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 27 de novembro e 4 de dezembro de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados apresentaram outra semana de alta volatilidade. As negociações do acordo de paz no Leste Europeu foram a principal influência sobre a commodity, que foi também impactada pelo acompanhamento dos estoques comerciais dos Estados Unidos (EUA) e pela ocorrência de novas ofensivas ucranianas.

O principal suporte às cotações do barril veio de uma nova rodada de ataques ucranianos à infraestrutura de Óleo e Gás (O&G) da Rússia. Drones e mísseis atingiram terminais russos no Mar Báltico, forçando a interrupção das atividades do Caspian Pipeline Consortium, um oleoduto responsável pelo transporte de cerca de 1,6 milhões de barris por dia (b/d) produzidos no Cazaquistão. Além dos desenvolvimentos no Leste Europeu, a commodity também foi positivamente impactada por novas ameaças de Donald Trump à Venezuela, assim como pela decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+) de pausar seus incrementos de produção no primeiro trimestre de 2026.  

Na sessão seguinte, os ganhos do barril foram revertidos, sob a luz de novos passos nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, a possibilidade de redução das sanções sob a indústria de O&G russa voltou a pressionar a cotação. A aposta de analistas é de que a interrupção do confronto poderia levar a reinserção de um volume significativo de óleo russo de volta aos mercados globais.

Por fim, no final do recorte trabalhado, a estagnação das negociações dos termos do acordo de paz entre Rússia e Ucrânia foi o principal suporte ao energético. O movimento positivo, no entanto, ficou limitado pela divulgação do Weekly Petroleum Status Report, da U.S. Energy Information Administration (EIA). O relatório trouxe um acúmulo inesperado dos estoques comerciais tanto de gasolina quanto de petróleo dos EUA, sugerindo um desequilíbrio da balança regional.

Petróleo Brent: Entre 27 de novembro e 4 de dezembro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram variação de -0,13%, iniciando o período em US$ 63,34/b e fechando em US$ 63,26/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 27 de novembro e 4 de dezembro, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar registrou variação de -1,01%, iniciando o período em R$ 5,35/US$ e fechando em R$ 5,29/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.