Análise Semanal da Defasagem – 08/08/2025

No informe de hoje, 8 de agosto, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.
De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 31 de julho e 7 de agosto de 2025.
Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados acumularam perdas substanciais. As negociações foram influenciadas por uma série de fatores, sobretudo pela evolução das conversas por um cessar-fogo no Leste Europeu e por novos movimentos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+). Vale observar, também, o impacto negativo da divulgação de resultados aquém do esperado nos Estados Unidos (EUA).
Durante o fim de semana, a OPEP+ anunciou um novo incremento de oferta a partir de 1º de setembro, dando continuidade a seu plano de retomada de produção. O objetivo do grupo é repor cerca de 2,2 milhões de barris por dia (b/d) até setembro de 2026, volume que foi cortado ao longo dos últimos 3 anos em função do desequilíbrio causado pelos efeitos da pandemia da Covid-19. A decisão pressionou as negociações do barril, alimentando a perspectiva de um cenário de sobreoferta no curto prazo.
No meio da semana, a deterioração da perspectiva econômica de curto prazo foi o principal fator por trás da queda da commodity, alimentada pela divulgação de resultados aquém do esperado no setor de serviços dos EUA. Enquanto analistas apostavam em um avanço do índice de atividade do segmento em julho, o indicador teve uma queda modesta, sugerindo uma desaceleração do consumo energético nas próximas semanas.
As perdas do barril se aprofundaram após a Bloomberg relatar que a Rússia está considerando uma “trégua aérea” com a Ucrânia, um sinal de uma postura mais flexível do país. Corroborando com os rumores circulados pela Bloomberg, sinais de evolução das conversas entre EUA e Rússia por um cessar-fogo no Leste Europeu mantiveram a commodity em território de perdas.
Anteriormente, o petróleo havia recebido um breve suporte de um desempenho fraco do índice do dólar e do incremento dos preços da Saudi Aramco, estatal saudita, para suas entregas na Ásia em setembro. O sentimento de analistas mudou após o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmar que houve “grande progresso” em um encontro entre o representante de seu país e o presidente russo, Vladimir Putin, mitigando a possibilidade de novas sanções.
Petróleo Brent: Entre 31 de julho e 7 de agosto, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram desvalorização de 8,41%, iniciando o período em US$ 72,53/b e fechando em US$ 66,43/b.
Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.
Taxa de Câmbio: Entre 31 de julho e 7 de agosto, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve desvalorização de 2,47%, iniciando o período em R$ 5,60/US$ e fechando em R$ 5,46/US$.