Análise Semanal da Defasagem – 09/05/2025

No informe de hoje, 09 de maio, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.
De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 1º e 8 de maio de 2025.
Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados apresentaram alta volatilidade, acumulando ganhos moderados. As principais influências sobre as negociações do setor vieram de novos movimentos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+) e de petroleiras independentes nos Estados Unidos (EUA). Também vale pontuar o efeito do arrefecimento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
A reunião interministerial da OPEP+ realizada durante o fim de semana pressionou fortemente o barril. No sábado, o grupo confirmou um novo incremento da produção de seus membros para junho, no patamar de 411 mil barris por dia (b/d). Para além da decisão oficial do cartel, a Arábia Saudita sinalizou a possibilidade de aumentos similares nos próximos meses. O sinal pode ser entendido como uma manobra para pressionar os preços do barril e punir membros que não respeitaram as cotas de produção anteriormente, como Cazaquistão e Iraque.
Em seguida, após 6 sessões consecutivas em baixa, a commodity recebeu forte suporte da revisão da projeção de produção anual da Diamondback Energy, dos Estados Unidos (EUA). A companhia, maior petroleira independente da Bacia Permiana, reduziu significativamente sua meta de produção anual para 2025 e afirmou que a oferta norte-americana em geral deve sofrer uma queda nos próximos meses, atribuindo o recuo ao baixo preço do energético.
A valorização ficou limitada pela notícia de que os EUA e os Houthis, do Iêmen, formalizaram um acordo de cessar-fogo para garantir o livre trânsito no Mar Vermelho e no Estreiro de Bab al-Mandab. Declarações do Vice-Presidente norte-americano, J.D. Vance, de que um acordo nuclear com o Irã está próximo e pode proporcionar a reintegração do país à economia global, também alimentaram o otimismo de analistas quanto à situação na região.
Por fim, no último dia do recorte, o petróleo voltou a registrar ganhos após o anúncio de um acordo comercial bem-sucedido entre os EUA e o Reino Unido. Para além, a Occidental Petroleum, APA Corp e a Permian Resources, três importantes petroleiras independentes dos EUA, se juntaram à Diamondback Energy ao anunciar uma redução de seus investimentos em Exploração e Produção na Bacia Permiana. O movimento foi atribuído aos baixos preços da commodity e alimenta a perspectiva de uma produção norte-americana reduzida no curto e médio prazo.
Petróleo Brent: Entre 1º e 8 de maio, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram variação de +1,14%, iniciando o período em US$ 62,13/b e fechando em US$ 62,84/b.
Cenário Nacional: Em 06/05, a Petrobras reduziu em -4,63%, ou -R$ 0,16/litro, o preço do diesel vendido em suas refinarias.
Taxa de Câmbio: Entre 1º e 8 de maio, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve variação de +0,45%, iniciando o período em R$ 5,66/US$ e fechando em R$ 5,69/US$.