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No informe de hoje, 11 de abril, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 3 e 10 de abril de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados acumularam perdas substanciais. Ao longo de todo o recorte, as maiores influências sobre as negociações no setor de energia foram as reações de países impactados pelas tarifas retaliatórias dos Estados Unidos (EUA) e o anúncio de novos critérios para a imposição do sistema tributário do país. Ainda que de forma pontual, vale observar a pressão contínua da perspectiva de retorno antecipado da produção de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) e da redução de preço das entregas de maio da Saudi Aramco.

No primeiro dia do recorte, a China anunciou tarifas de 34% sobre quaisquer importações norte-americanas no país. Posteriormente, a insegurança de agentes de mercado cresceu após Donald Trump ameaçar um incremento de 50% nas tarifas sobre produtos chineses caso o país não retire as taxas de 34% sobre bens americanos anunciadas no fim da semana anterior. Após as falas de Trump, o Ministério de Comércio da China declarou que “se os EUA insistirem, a China Lutará até o final”, alimentando os temores de uma guerra comercial prolongada.

Após três sessões consecutivas de desvalorização expressiva, o Brent atingiu o patamar mais baixo desde abril de 2021, pressionado pela perspectiva de uma guerra comercial global e de superávit da balança do petróleo no curto e médio prazo. As perdas foram brevemente compensadas quando Donald Trump anunciou uma pausa temporária na imposição das tarifas retaliatórias. O executivo divulgou uma taxa universal de 10% para todos os países na lista de tarifas retaliatórias, exceto a China, por 90 dias, alimentando o otimismo de agentes do mercado.

Seguindo a pausa, entretanto, o barril voltou a apresentar forte desvalorização pela renovação das expectativas de atividade econômica reduzida no futuro. Após uma série de medidas retaliatórias por ambas as partes, produtos chineses importados nos EUA estarão sujeitos a taxas de 145%, enquanto produtos norte-americanos entrando em território chinês serão tributados em 84%. Desse modo, configurou-se uma disputa comercial acirrada entre as duas maiores potências globais.

Petróleo Brent: Entre 3 e 10 de abril, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram desvalorização de 9,71%, iniciando o período em US$ 70,41/b e fechando em US$ 63,33/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 3 e 10 de abril, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve valorização de 5,44%, iniciando o período em R$ 5,61/US$ e fechando em R$ 5,91/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.