Análise Semanal da Defasagem – 14/11/2025
No informe de hoje, 14 de novembro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.
De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 6 e 13 de novembro de 2025.
Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados registraram alta volatilidade, acumulando perdas moderadas. Novos desenvolvimentos na esfera política e econômica nos Estados Unidos (EUA), assim como a atualização de importantes projeções do setor, foram os principais fatores de influências sobre a commodity.
Durante o fim de semana, o barril recebeu suporte da divulgação de um consumo de óleo robusto na China. Segundo relatório mensal do governo chinês, o volume de importações da commodity no país entre janeiro e outubro cresceu 3,1% em relação ao mesmo recorte no ano passado. Já no início da semana, o maior suporte às negociações da commodity veio da perspectiva de fim do “lockdown” do governo dos EUA. A especulação ganhou força após um grupo de 8 democratas anunciarem que irão romper com a posição de seu partido, votando junto a republicanos em um projeto de lei orçamentária para reabrir o governo federal norte-americano. Analistas avaliam que o movimento pode levar a um incremento da atividade econômica e consumo de energia do país no curto prazo.
Ao longo do recorte, a commodity foi fortemente pressionada pressionadas pela revisão das projeções da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+), que alimentaram a perspectiva de sobreoferta no mercado global ainda em 2025. Em seu último relatório mensal, o grupo projetou um superávit de 500 mil barris por dia (b/d) para o terceiro trimestre de 2025 (3T25), uma mudança notória em comparação ao mês anterior, quando a expectativa era de um déficit de 400 mil b/d. Uma produção acima do esperado nos EUA e a retomada das metas de produção da OPEP+ foram os principais fatores por trás do ajuste.
No último dia de negociações, a confirmação da reabertura dos serviços do governo norte-americano ofereceu suporte à commodity. Ao longo da sessão em questão, a divulgação de um incremento acima do esperado nos estoques comerciais dos EUA limitou a valorização do barril. Além do acompanhamento regular dos inventários do país, o Weekly Petroleum Status Report, da U.S. Energy Information Administration (EIA), também trouxe o registro de um recorde histórico da produção de petróleo dos EUA, alimentando a perspectiva de superávit da balança global no curto prazo.
Petróleo Brent: Entre 6 e 13 de novembro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram variação de -0,58%, iniciando o período em US$ 63,38/b e fechando em US$ 63,01/b.
Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Dados
14 de Nov de 2025