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No informe de hoje,15 de agosto, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 7 e 14 de agosto de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados apresentaram alta volatilidade. A antecipação de analistas quanto aos resultados da reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, agendada para sexta-feira, dia 15, no Alaska, foi o principal fator de influência sobre as negociações no recorte. Para além, os preços da commodity também foram impactados pela revisão das projeções do setor da U.S. Energy Information Administration (EIA) e da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), assim como pelo acompanhamento semanal dos estoques comerciais de petróleo dos Estados Unidos (EUA).

Desde o início da semana, a possibilidade de sucesso das conversas entre EUA e Rússia pressionou o barril do petróleo. Ao longo do recorte, as perdas se aprofundaram após a EIA aumentar sua projeção de sobreoferta tanto para o ano de 2025 quanto para 2026. Vale pontuar, entretanto, que a instituição também ajustou negativamente sua estimativa para a produção de petróleo dos EUA em 2026, o que limitou a desvalorização. Na visão da EIA, a oferta norte-americana deve cair para 13,28 milhões de barris por dia (b/d), o que configuraria a primeira redução desde 2021, motivada sobretudo pela queda das atividades de produtores nas bacias de shale.

Posteriormente, dois fatores contribuíram para a consolidação das perdas: a divulgação do relatório mensal da IEA; e o acompanhamento semanal dos estoques de barril dos EUA, divulgado pela EIA. A IEA reajustou suas projeções de crescimento da demanda e oferta do mercado de petróleo global para 2026, estimando um superávit recorde de quase 3 milhões de b/d. Já a EIA, apontou para um acúmulo de 3 milhões de barris nos inventários comerciais norte-americanos, corroborando com a perspectiva de desequilíbrio no setor. 

Por fim, no último dia de negociações, a commodity recebeu suporte da mudança do sentimento de observadores sobre a reunião entre EUA e Rússia. A incerteza sobre o encontro cresceu significativamente após o presidente norte-americano declarar que irá impor tarifas elevadas sobre países consumidores de energéticos russos caso não seja possível alcançar um cessar-fogo no Leste Europeu. Com a aproximação da data marcada, Donald Trump exibiu uma postura cada vez mais agressiva em relação a posição da Rússia, dissipando parcialmente o otimismo observado anteriormente.

Petróleo Brent: Entre 7 e 14 de agosto, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram variação de +0,62%, iniciando o período em US$ 66,43/b e fechando em US$ 66,84/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 7 e 14 de agosto, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve variação de -0,99%, iniciando o período em R$ 5,46/US$ e fechando em R$ 5,41/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.