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No informe de hoje, 17 de abril, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 10 e 16 de abril de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados mantiveram alta volatilidade, recuperando-se parcialmente das perdas observadas anteriormente. O mercado continuou a reagir à novos movimentos na guerra comercial entre os Estados Unidos (EUA) e a China, agora considerando também a incorporação desses movimentos nas projeções de importantes instituições do setor.  

Iniciando a semana sem novos desenvolvimentos expressivos no setor de energia ou no cenário geopolítico internacional, as cotações da commodity seguiram pressionadas pela perspectiva de atividade econômica reduzida no curto e médio prazo em função da guerra tarifária vigente. Houve ainda o impacto da publicação da edição anterior do Weekly Petroleum Status Report, da U.S. Energy Information Administration (EIA). O documento trouxe um incremento de 2,6 milhões de barris, elevando o inventário para o patamar mais alto em 9 meses, um sinal de um possível superávit da balança regional.

Na segunda metade do recorte, barril recebeu um suporte considerável da isenção de eletrônicos e outros produtos estratégicos chineses do novo esquema tarifário dos EUA, que alimentou o otimismo de agentes de mercado. Para além, a commodity também foi positivamente impactada pela divulgação de uma importação robusta de petróleo na China em março. O país recebeu 12,1 milhões de barris por dia (b/d) no mês, o maior volume desde agosto de 2023.

A maior pressão sobre as negociações veio da divulgação de novas projeções pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). A instituição reduziu em 300 mil b/d sua estimativa de crescimento da demanda global por petróleo em 2025, apontando ainda para uma desaceleração mais acentuada em 2026, atribuindo os movimentos a um “ambiente macroeconômico frágil”.

Em menor escala, vale observar também o impacto de sinais de avanços nas conversas sobre o acordo nuclear entre os EUA e o Irã. A aposta de figuras do setor é que uma solução para o impasse leve a expansão da oferta global no curto e médio prazo, limitando os ganhos do óleo e ativos associados.

Petróleo Brent: Entre 10 e 16 de abril, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 3,98%, iniciando o período em US$ 63,33/b e fechando em US$ 65,85/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 10 e 16 de abril, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve variação de +0,52%, iniciando o período em R$ 5,91/US$ e fechando em R$ 5,88/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.