Análise Semanal da Defasagem – 17/10/2025

No informe de hoje, 17 de outubro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.
De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 9 e 16 de outubro de 2025.
Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados acumularam perdas substanciais, alcançando o patamar mais baixo em pelo menos 5 meses. As principais influências sobre as negociações vieram da evolução das condições de segurança no Oriente Médio e do retorno da ameaça de uma guerra tarifária entre Estados Unidos (EUA) e China. Em menor instância, os preços também foram impactados pela divulgação do relatório mensal da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e do acompanhamento semanal dos estoques de energéticos norte-americanos da U.S. Energy Information Administration (EIA).
Nos primeiros dias do recorte, maior fonte de pressão para o barril foi o arrefecimento das tensões geopolíticas no Oriente Médio. Em um marco significativo para as conversas de paz na região, Israel e Hamas concordaram com os termos para um cessar-fogo em Gaza. Imediatamente após o anúncio do acordo, Israel deu início à primeira fase de retirada de suas tropas do território palestino, alimentando o otimismo de analistas que observam atentamente os desenvolvimentos do confronto.
Em seguida, a commodity seguiu fortemente pressionadas pela ameaça de novas barreiras comerciais entre EUA e China. Após um período de relativa amistosidade, Donald Trump, presidente dos EUA, ameaçou um “aumento massivo” de taxas sobre produtos chineses, apontando para o que chamou de incrementos “hostis” nos controles de exportação de terras raras no país rival. Houve um breve momento de recuperação após a sinalização de abertura da administração de Trump para negociar as tarifas sobre importações da China, aliviando o tom das conversas.
A ameaça econômica voltou a pauta de analistas em pouco tempo quando a China sancionou 5 embarcações norte-americanas construídas pela montadora sul-coreana Hanwha Ocean Co., apontando para um maior risco de uma guerra tarifária prolongada. Durante o mesmo dia, o barril consolidou suas perdas após a IEA reiterar suas projeções de superávit da balança global de petróleo para 2026, estimando uma sobreoferta de cerca de 4 milhões de barris por dia (b/d).
Petróleo Brent: Entre 9 e 16 de outubro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram desvalorização de 6,38%, iniciando o período em US$ 65,22/b e fechando em US$ 61,06/b.
Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.
Taxa de Câmbio: Entre 9 e 16 de outubro, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar registrou variação de +1,52%, iniciando o período em R$ 5,35/US$ e fechando em R$ 5,44/US$.