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No informe de hoje, 19 de setembro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 11 e 18 de setembro de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados acumularam ganhos moderados. Apesar da manutenção das incertezas quanto às projeções de sobreoferta no curto prazo, novos desenvolvimentos no cenário geopolítico e econômico ofereceram forte suporte às negociações da commodity.

A principal influência positiva foi a perspectiva de maiores restrições à oferta de óleo russo no curto prazo. Os Estados Unidos (EUA) propuseram que membros do Grupo dos Sete (G7) imponham tarifas de até 100% sobre a China e a Índia em função da manutenção de suas compras de energéticos da Rússia. Para além, a produção russa também ficou limitada por repetidos ataques de drone ucranianos à infraestrutura de exploração e produção de óleo no país.

Em seguida, a divulgação de novos dados sobre o impacto das investidas ucranianas na Rússia alimentou os ganhos do barril. Segundo a Reuters, a transportadora Transneft, estatal russa responsável por mover mais de 80% do petróleo no país, restringiu as autorizações de armazenamento de companhias do setor. Para além, a refinaria Kirishi, uma das maiores unidades da Rússia, com capacidade de processamento superior a 20 milhões de toneladas ao ano, teve de interromper suas operações em função de ataques de drone ucranianos. De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo governo russo, a produção nacional no início de setembro caiu para o pior nível em cerca de 3 anos e meio devido às repetidas investidas da Ucrânia.

Do ponto de vista econômico, vale observar ainda o efeito positivo do registro de recordes consecutivos da S&P 500. O desempenho do indicador reforçou a confiança de analistas na atividade econômica de curto prazo, contaminando as negociações no mercado de commodities.

Petróleo Brent: Entre 11 e 18 de setembro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 1,61%, iniciando o período em US$ 66,37/b e fechando em US$ 67,44/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 11 e 18 de setembro, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar desvalorização de 1,57%, iniciando o período em R$ 5,39/US$ e fechando em R$ 5,30/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.