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No informe de hoje, 21 de março, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 13 e 20 de março de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados acumularam ganhos expressivos, mantendo, entretanto, o padrão de alta volatilidade observado na semana anterior. O principal fator de influência para as negociações ao longo de todo o recorte foram as movimentações geopolíticas tanto no Leste Europeu quanto no Oriente Médio. Vale pontuar também, ainda que de forma pontual, o efeito do acompanhamento dos estoques comerciais de petróleo e derivados nos Estados Unidos (EUA).

A intensificação da percepção de risco geopolítico começou com a realização de ataques norte-americanos contra extremistas Houthi no Iémen. Agentes de mercado viram no movimento como uma possível escalada do conflito na região, podendo levar a um embate direto com o Irã e maiores restrições ao trânsito de embarcações tanto no Mar Vermelho, como já ocorre, quanto no Estreito de Ormuz.

Em seguida, após 2 meses de trégua, Israel realizou ataques aéreos ao longo do território palestino, acendendo o alerta de observadores para uma nova fase da invasão e uma possível escalada das tensões regionais. Durante a mesma sessão, entretanto, a repercussão da ligação entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, levou a reversão dos ganhos iniciais da commodity. Putin concordou em pausar temporariamente, por 30 dias, os ataques à infraestrutura de energia na Ucrânia, alimentando as esperanças de um possível cessar-fogo na região ainda no curto prazo. 

Já no último dia de negociações, ambos os focos de conflito voltaram aos holofotes de analistas. No Leste Europeu, a Ucrânia atingiu um aeroporto estratégico da Rússia onde eram armazenadas munições explosivas e aviões bombardeiros, causando uma explosão de magnitude expressiva que capturou a atenção da mídia internacional. Simultaneamente, a nova rodada de embargos dos EUA contra companhias associadas à indústria de O&G iraniana repercutiu ao incluir pela primeira vez uma refinaria independente chinesa.   

Chamadas de “teapots”, pequenas refinarias independentes na China estão entre os principais compradores de óleo iraniano ilícito, sendo parte integral dos esforços do da república islâmica em escapar do efeito das sanções estadunidenses. Segundo estimativas da Rystad Energy, uma campanha norte-americana de alta pressão sob as exportações de energéticos iranianos, incluindo parceiros comerciais na China, poderia retirar cerca de 1,5 milhões de barris por dia do mercado global.

Petróleo Brent – Entre 13 e 20 de março, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 3,03%, iniciando o período em US$ 69,88/b e fechando em US$ 72,00/b.

Cenário Nacional – A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias, na data de análise.

Taxa de Câmbio – Entre 13 e 20 de março, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve desvalorização de 2,59%, iniciando o período em R$ 5,81/US$ e fechando em R$ 5,66/US$..

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.