Análise Semanal da Defasagem – 23/05/2025

No informe de hoje, 23 de maio, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.
De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 15 e 22 de maio de 2025.
Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados registraram perdas moderadas, mantendo-se praticamente inalterados. As principais influências sobre o preço do barril vieram, sobretudo, de novos desenvolvimentos geopolíticos no Oriente Médio.
No primeiro dia de referência, a commodity foi fortemente pressionada pela expectativa sobre o acordo nuclear entre Irã e Estados Unidos (EUA). A perspectiva de sucesso do acordo nuclear foi alimentada por novos comentários otimistas do presidente norte-americano, Donald Trump. Segundo o chefe de estado, os dois países “praticamente” concordaram com os termos das últimas negociações. Para além, em entrevista a NBC, Ali Shamkhani, conselheiro do líder-supremo do Irã Ali Khamenei, afirmou que seu país está disposto a limitar sua produção de urânio enriquecido em troca da retirada de sanções econômicas.
Ao longo da semana, entretanto, começaram a crescer às dúvidas quanto ao sucesso do acordo no Oriente Médio, o que deu um relativo suporte aos ativos do setor. Após dois dias de negociações aparentemente produtivas, o ministro de relações exteriores iraniano, Abbas Araghchi, disse estar vendo muitas “posições opostas e contraditórias” por parte dos representantes norte-americanos. A incerteza cresceu entre analistas após o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, acusar Donald Trump de desonestidade e abuso de poder. O Presidente dos EUA, por sua vez, afirmou que o Irã irá sofrer “algo ruim” se não aceitar rapidamente a proposta norte-americana do acordo nuclear.
Já no último dia do recorte, as negociações da commodity voltaram a ser pressionadas, agora pela publicação de um relatório da Bloomberg sobre novos movimentos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+). A especulação é de que o grupo está considerando anunciar um novo incremento de oferta em sua próxima reunião interministerial, agendada para o dia 1º de junho. No ponto de vista de analistas, um novo aumento poderia levar a um cenário de superávit na balança global de petróleo no curto prazo.
Petróleo Brent: Entre 15 e 22 de maio, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram variação de -0,14%, iniciando o período em US$ 64,53/b e fechando em US$ 64,44/b.
Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.
Taxa de Câmbio: Entre 15 e 22 de maio, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve variação de +0,11%, iniciando o período em R$ 5,63/US$ e fechando em R$ 5,64/US$.