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No informe de hoje, 25 de abril, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 17 a 24 de abril de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados mantiveram a tendência de alta volatilidade. Por mais uma semana, as expectativas de agentes de mercado quanto a evolução da guerra comercial entre os Estados Unidos (EUA) e a China continuaram sendo um dos principais fatores por trás das negociações do petróleo. Além das especulações sobre a rivalidade crescente entre as potências, o barril de petróleo também foi influenciado pelo andamento das negociações do acordo nuclear entre EUA e Irã, assim como por novos comentários de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus Aliados (OPEP+).

No início do recorte, a commodity recebeu forte suporte da perspectiva de avanços simultâneos nas negociações dos EUA com a China e o Irã. No caso da China, o otimismo de analistas foi alimentado principalmente por rumores e declarações de representantes da Casa Branca. Já no que diz respeito ao acordo nuclear com o Irã, os ganhos diplomáticos foram observados pelo ministro de relações exteriores do país. Segundo o executivo, após a última conversa com os EUA, a república islâmica “compreende melhor” as condições para que o acordo seja bem-sucedido.

A maior pressão sobre as negociações da commodity veio de comentários do ministro de energia do Cazaquistão. O representante afirmou que seu país não irá cortar suas metas de produção de curto prazo, priorizando seus interesses nacionais no lugar das diretrizes da OPEP+. As perdas se aprofundaram com a publicação de um relatório da Reuters alegando que diversos países do grupo devem sugerir um novo incremento de suas cotas na próxima reunião interministerial, agendada para 5 de maio. O rumor alimentou a perspectiva de um possível cenário de oferta excedente nos próximos meses.

Por fim, no último dia de negociações, apesar da presença de um forte suporte vindo de um desempenho forte do mercado de ações nos EUA, combinado a um desempenho fraco do índice do dólar, os ganhos do barril ficaram limitados por comentários de representantes do governo chinês. Contrariando rumores que circularam durante a semana, o Ministério de Comércio da China declarou que “quaisquer relatos sobre avanços nas negociações com os EUA são infundados”. A afirmação dissipou o otimismo de agentes do mercado, alimentando a perspectiva de uma guerra tarifária prolongada.

Petróleo Brent: Entre 17 e 24 de abril, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram desvalorização de 2,07%, iniciando o período em US$ 67,96/b e fechando em US$ 66,55/b.

Cenário Nacional: Em 17/04, a Petrobras anunciou um reajuste de -3,36%, ou -R$ 0,12/litro, no preço do diesel vendido em suas refinarias a partir de 18/04.

Taxa de Câmbio: Entre 17 e 24 de abril, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve desvalorização de 3,11%, iniciando o período em R$ 5,86/US$ e fechando em R$ 5,67/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.