Análise Semanal da Defasagem – 26/09/2025

No informe de hoje, 26 de setembro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.
De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 18 e 25 de setembro de 2025.
Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados continuaram acumulando ganhos substanciais. Os principais fatores de influência sobre as negociações vieram da esfera geopolítica, tanto no Oriente Médio quanto na Europa. Em menor escala, o acompanhamento semanal dos estoques comerciais de óleo dos Estados Unidos (EUA) e a divulgação de resultados econômicos em grandes centros comerciais também pesaram sobre a cotação do barril.
No início do recorte, a maior fonte de pressão sobre a commodity foi a perspectiva de expansão da oferta do Iraque no curto prazo. Segundo reportagem da Reuters, o governo do país estaria próximo de alcançar um acordo para retomar suas exportações de óleo cru para a Turquia através da região do Curdistão. Após um fim de semana relativamente estável, a commodity deu continuidade à suas perdas anteriores com a confirmação de que o Iraque fechou um acordo para voltar a exportar óleo através do Curdistão. As entregas através dos dutos, que atravessam o norte do país para alcançar centros de distribuição na Turquia, estavam paralisadas há mais de dois anos.
Em seguida, o principal suporte ao petróleo foi a intensificação do risco geopolítico associado às ações da Rússia no Leste Europeu. Após aeronaves russas invadirem o espaço aéreo da Estônia no final da semana anterior, representantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) prometeram uma resposta “robusta” a quaisquer novas violações dos limites territoriais de seus membros. Para além, o barril também recebeu suporte da possibilidade de novas sanções comerciais contra a Rússia, alimentada por declarações de líderes de aliados da Ucrânia durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.
Posteriormente, o presidente norte-americano, Donald Trump, reforçou a necessidade de seus aliados europeus cortarem seu consumo de energéticos russos e reiterou que países da OTAN devem abater quaisquer aeronaves da Rússia que violem seus limites territoriais.
No último dia da janela de análise, a evolução de notícias anteriores continuou influenciado o mercado. Primeiro, o Ministro de Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, afirmou que a expectativa é de que as exportações do país cresçam em cerca de 500 mil barris por dia, alimentando a perspectiva de sobreoferta no curto prazo. Em seguida, novas declarações de diplomatas europeus deram forte suporte ao barril. Os representantes afirmaram que suas nações estão prontas para retaliar qualquer violação de espaço aéreo por parte de aeronaves russas alimentando a ótica de intensificação do risco geopolítico na região.
Petróleo Brent: Entre 18 e 25 de setembro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 2,94%, iniciando o período em US$ 67,44/b e fechando em US$ 69,42/b.
Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.
Taxa de Câmbio: Entre 18 e 25 de setembro, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar registrou variação de 0,78%, iniciando o período em R$ 5,30/US$ e fechando em R$ 5,34/US$.