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No informe de hoje, 28 de março, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 20 e 27 de março de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados apresentaram a segunda semana consecutiva de ganhos expressivos. O principal fator por trás da valorização do barril foi a perspectiva de novas sanções norte-americanas contra a indústria de Óleo e Gás (O&G) do Irã e da Venezuela. O acompanhamento dos estoques de petróleo dos Estados Unidos (EUA) e a divulgação de resultados econômicos no país também tiveram um impacto positivo notável nas negociações da commodity.

Já nos primeiros dias do recorte trabalhado, Donald Trump anunciou um novo pacote de sanções mirando as atividades do setor de O&G na Venezuela e seus parceiros comerciais. Segundo o presidente norte-americano, países que comprem energéticos venezuelanos terão suas exportações para os EUA taxadas em pelo menos 25%. A leitura de parte do mercado é que o movimento pode reduzir o apetite por produtos da Venezuela no mercado internacional, reduzindo a oferta efetiva de óleo e incentivando a competitividade entre consumidores.

Para além, ativos associados ao petróleo também receberam suporte de sinais de que as “tarifas recíprocas” dos EUA, previstas para entrar em vigor também a partir do dia 2 de abril, devem ser mais específicas do que o sugerido inicialmente, reduzindo o impacto esperado sobre o consumo. 

No final da semana, a cotação do barril foi, ainda, impulsionada pela publicação do Weekly Petroleum Status Report, da U.S. Energy Information Administration (EIA). O documento apontou para uma redução inesperada e expressiva dos estoques comerciais de petróleo dos EUA, acompanhada por retiradas modestas nos inventários de derivados. Investidores interpretaram os movimentos como um sinal de consumo presente robusto, alimentando o nível de confiança dos mercados.

Por fim, ainda que o sentimento positivo tenha predominado no período em análise, é importante falar da pressão pontual vinda de novos desenvolvimentos no Leste Europeu. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, concordou pela primeira vez com os termos de um acordo de cessar-fogo parcial com a Rússia, alimentando a possibilidade do retorno dos volumes de óleo russo aos mercados internacionais.

Petróleo Brent – Entre 20 e 27 de março, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 3,03%, iniciando o período em US$ 72,00/b e fechando em US$ 74,03/b.

Cenário Nacional – A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias, na data de análise.

Taxa de Câmbio – Entre 20 e 27 de março, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve valorização de 1,49%, iniciando o período em R$ 5,66/US$ e fechando em R$ 5,75/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.