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No informe de hoje, 31 de outubro, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 23 e 30 de outubro de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados acumularam perdas moderadas. Os principais fatores de influência sobre as negociações da commodity vieram da esfera econômica, acompanhados pelo acompanhamento de indicadores estruturais do setor, como os níveis de estoques nos Estados Unidos (EUA) e no mundo. Especulação sobre o próximo movimento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) também foi relevante para a variação da commodity.

No início do recorte, seguindo uma sequência de ganhos substanciais na semana anterior, uma onda de vendas técnicas no mercado de futuros limitou a valorização do barril, a despeito da manutenção da perspectiva de novas sanções à indústria de Óleo e Gás (O&G) da Rússia. Em seguida, o otimismo de analistas quanto ao andamento das negociações entre EUA e China proporcionou uma valorização pontual do petróleo, que foi logo compensada pela divulgação de um acúmulo inesperado dos estoques de petróleo em navios tanqueiros ao redor do mundo. Segundo relatório da Vortexa, o volume de óleo armazenado em tanqueiros cresceu 12% na última semana, sugerindo um consumo aquém do esperado no período corrente.

Corroborando com a noção de sobreoferta trazida pelo trabalho da Vortexa, rumores veiculados pela Bloomberg sugeriram que o próximo incremento de produção da OPEP+ deve ocorrer em breve. Caso a especulação se confirme, a reunião de novembro trará o terceiro aumento consecutivo das metas de produção do grupo, que já se encontram no patamar mais elevado dos últimos 2 anos e meio.

Por fim, o barril recebeu um breve suporte da expectativa de que Donald Trump, presidente dos EUA, deve cumprir suas promessas de novas sanções à indústria de O&G da Rússia. O objetivo dos embargos é forçar Vladimir Putin de volta à mesa de negociações para um cessar-fogo na Ucrânia. Durante a mesma sessão, a valorização da commodity se consolidou após a divulgação do Weekly Petroleum Status Report, da U.S. Energy Information Administration (EIA). O relatório trouxe uma queda inesperada dos estoques comerciais de petróleo do país e apontou para uma oferta de gasolina no patamar mais baixo dos últimos 11 meses.

Petróleo Brent: Entre 23 e 30 de outubro, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram desvalorização de 1,50%, iniciando o período em US$ 65,99/b e fechando em US$ 65,00/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 23 e 30 de outubro, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar registrou variação de +0,02%, iniciando o período em R$ 5,38/US$ e fechando em R$ 5,38/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.