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De acordo com a atualização mais recente, em 6 de julho, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,20/ litro (ou -6,6%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a elevação de 4,5% na taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (28/06), dado que o preço internacional do diesel ficou praticamente estável. Em 6 de julho, a Petrobras aumentou o preço do diesel nas refinarias em 3,8%.

Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 28 de junho a 6 de julho), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,24/litro (ou -8,1%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,48/litro (ou -15,1%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 6 de julho. O resultado teve influência da elevação de 2,3% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço da gasolina na refinaria nacional, também, foi ajustado em 6%, a partir de 6 de julho.

Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:

Na média semanal (de 28 de junho a 6 de julho), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,54/litro (ou -14,4%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). A despeito da aceleração no processo de imunização na Europa e nos EUA, a flexibilização das medidas de restrição social está sob risco nas principais regiões consumidoras. A variante Delta tem tido alto índice de transmissibilidade, mesmo nas regiões em estágio avançado de vacinação, embora a taxa de letalidade tenha caído. Antes esperado para expandir a demanda por combustíveis, o verão no hemisfério norte agora corre o risco de frustrar as expectativas que alimentavam a valorização do petróleo. A Índia e, em menor, grau a China, dois dos três maiores consumidores mundial, já são impactados economicamente. À medida que a variante Delta se alastra nos países asiáticos vizinhos, o comércio e a produtividade diminuem, de modo que a contração industrial em junho da economia chinesa agora foi procedida da inesperada redução no índice de atividade no setor de serviços no último mês.

Entretanto, por enquanto, a commodity continua na trajetória de apreciação. A disparada na cotação dos contratos futuros do petróleo nos últimos meses está associada a performance positiva da economia dos Estados Unidos (EUA), no primeiro semestre. Na última semana, os dados que apontaram a aceleração do emprego em 850 mil postos de trabalho, em junho, confirmam a tendência de contínua recuperação do país. Complementar ao índice de empregabilidade, os preços também foram influenciados pela divulgação dos dados de estoque de petróleo bruto pelo Departamento de Energia americano (DoE), que sucessivamente tem reportado quedas maiores do que as estimativas do mercado. Dessa vez, a redução foi de aproximadamente 6,71 milhões de barris, consideravelmente acima do recuo previsto de 3,6 milhões. A alta porcentagem de vacinados nos EUA equilibra o risco decorrente das demais regiões, entretanto, ainda há prudência quanto aos riscos de impacto da nova mutação.

Também houve a influência do impasse da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) em ratificar um acordo para ampliar a produção do grupo para agosto. Após vários dias de conversas, os membros do grupo não chegaram a um acordo e, não divulgaram data para retomada das negociações. Todo o imbróglio, se deve a decisão surpresa dos Emirados Árabes Unidos de interditar a revisão do acordo de controle de produção da coalizão liderada por Arábia Saudita e Rússia.