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De acordo com a atualização mais recente, em 11 de outubro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,67/ litro (ou -17,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 1,5% no preço internacional do diesel, somado ao aumento de 1,8% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (4/10). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 4 a 11 de outubro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,64/litro (ou -17,2%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,68/litro (ou -18,6%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 11 de outubro. O resultado teve influência da elevação de 6,3% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Em 9 de outubro, a Petrobras realizou aumento de 7% no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 4 a 11 de outubro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,77/litro (ou -21,4%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). A retomada das atividades pelas economias está ampliando a demanda de forma geral, sobretudo por energia, mas a oferta ainda cresce em ritmo menor, inflando os preços mantendo os agentes em alerta. Há uma crise energética corroendo o poder de compra.

A cotação da commodity, também, foi influenciada pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), ocorrida em 4 de outubro. A OPEP+ decidiu reiterar o plano de ajuste da produção mensal, elevando em 400 mil barris por dia (b/d) a produção para o mês de novembro, e assim por diante até o fim de 2022, conforme cronograma anteriormente estabelecido. A decisão da organização, resistindo aos apelos para ajudar a amortecer os preços da energia e proteger a recuperação econômica, colaborou para que o preço do petróleo atingisse o maior nível em pelo menos três anos.

Os elevados preços do gás estão contribuindo para a aumentar a demanda por petróleo. O presidente da estatal de petróleo saudita Saudi Aramco, Amin Nasser, declarou acreditar que a troca do gás por petróleo aumentou a demanda em até 500 mil b/d.

Em movimento contrário, os dados oficiais de estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA), divulgados na última semana, indicaram um aumento inesperado dos inventários. De acordo com

pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês), os estoques norte-americanos de petróleo subiram 2,345 milhões de barris, contrariando a expectativa do mercado. Os dados não foram totalmente negativos para os preços do petróleo, pelo registro de que a demanda por gasolina voltou aos níveis pré-pandemia.

Diante dos esforços para mitigar a crise energética global, o preço da commodity teve a influência das declarações do presidente russo, Vladimir Putin, que disse avaliar a ampliação do envio de gás natural para a Europa através da Ucrânia. A Rússia tem sido acusada de limitar o abastecimento de gás natural para forçar a entrada em operação do polêmico gasoduto Nord Stream 2.

Nos EUA, a secretária de Energia, Jennifer Granholm, declarou que o governo estuda liberar sua reserva estratégica de petróleo bruto para tentar conter um aumento nos preços dos combustíveis. Por outro lado, o DoE esclareceu que não há um plano imediato para tomar essas ações no momento. Tais declarações também contribuíram para a variação do preço do petróleo.