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Nas últimas semanas foram divulgadas diversas notícias em relação a variação de preço da gasolina e do diesel. Mas você sabe como esses preços são formados? Por que estão constantemente sendo reajustados?

Desde outubro de 2016, a Petrobras adotou uma nova política de definição de preços para a gasolina e o diesel. Pela nova política, o preço de venda para as refinarias leva em conta dois fatores:

– A paridade com o mercado internacional: que inclui além do custo do petróleo medido através do Brent, outros custos que envolve o seu transporte como: frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias

– Uma margem para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos e lucro, além de tributos. As importações, exportações e participação da Petrobras também são levadas em conta nesse cálculo.

Para evitar que o preço no mercado interno divirja muito do externo, a política da companhia estabelece que deverão ser feitas avaliações para analisar se é necessário rever os preços pelo menos uma vez por mês. Desde junho de 2017, a área técnica de marketing e comercialização foi habilitada para realizar ajustes nos preços, a qualquer momento, inclusive diariamente, desde que os reajustes acumulados por produto estejam, na média Brasil, dentro de uma faixa determinada (-7% a +7%), respeitando a margem estabelecida pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP). Essa autorização para reajustes mais frequentes foi feita após a companhia notar uma alta volatilidade no câmbio e no preço internacional do petróleo.

No entanto, em casos de choques muito intenso que geram grande volatilidade, como foi o ataque a drones à uma refinaria da Saudi Aramco, a companhia pode aguardar alguns dias para analisar o impacto que o acontecimento terá no mercado para então rever os preços.

Além disso, para permitir maior flexibilidade na gestão comercial de derivados e estimular aumentos de vendas, a Petrobras também poderá conceder descontos pontuais para o diesel e a gasolina em mercados específicos, desde que esses descontos não fiquem abaixo dos custos da empresa.

Contudo, o preço de reajuste nas refinarias nem sempre reflete o preço de reajuste nos postos de gasolina. Isto ocorre, pois, a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados. Tributos e margens de comercialização são alguns dos componentes do preço final ao consumidor. Através da figura abaixo, é possível compreender melhor como o preço é formado.

(Fonte: CBIE)