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A geração de energia elétrica envolve a transformação de fontes primárias (energia potencial gravitacional, térmica e cinética) em eletricidade. A coordenação e o controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica em larga escala são feitos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN) e do planejamento da operação dos sistemas isolados, sob fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O SIN é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte. Essa interconexão dos sistemas elétricos de geração, por meio da malha de transmissão, permite a gestão das diferentes fontes geradoras, integrando os recursos de geração e transmissão e melhorando a segurança e a economia no atendimento ao mercado.

No Brasil, as fontes renováveis são responsáveis por mais de 70% da geração elétrica nacional, com predomínio da hidráulica (65,2%), como pode ser visto no Gráfico 1. As usinas térmicas, normalmente instaladas próximas aos principais centros de carga, têm uma função estratégica, pois contribuem para a segurança do SIN. Elas são acionadas de acordo com a intermitência das renováveis, principalmente em função do risco hidrológico.

Gráfico 1 – Participação das Fontes de Geração Elétrica na Matriz Brasileira


¹Carvão e derivados, biomassa, gás natural e derivados de petróleo
Fonte: EPE, Balanço Energético Nacional 2018

 

Figura 1 – Ilustração das Fontes de Geração


Nota: 1 – energia eólica; 2 – Termelétrica; 3 – Nuclear; 4 – Solar; 5 – Hidrelétrica

Nos últimos anos, registra-se um crescimento dos parques eólicos, especialmente nas regiões Nordeste e Sul, aumentando a importância dessa fonte para o atendimento da demanda. O mesmo ocorre com a geração distribuída, que aumentou 245%, de 104 para 359 GWh, entre 2016 e 2017. Ambas devem ocupar um espaço cada vez maior no parque gerador brasileiro.

Por fim, para permitir o uso da eletricidade, são instalados os sistemas de transmissão, que integram as diferentes fontes de produção de energia às subestações, para posterior distribuição aos consumidores finais, por meio de cabos de alta tensão. Esse modelo é o que possibilita o suprimento do mercado consumidor brasileiro, principalmente os setores industrial, residencial e comercial.