Post

O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é o gás armazenados no estado líquido em botijões ou cilindros, também conhecido como “gás de cozinha”. Ele é uma mistura de hidrocarbonetos leves gasosos, predominantemente propano e butano, podendo conter ainda etano e outros hidrocarbonetos.  O GLP é produzido através do refinamento do petróleo cru ou extraído das reservas de gás natural nas Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs) através da mistura de hidrocarbonetos líquidos.

O GLP é considerado uma das fontes mais seguras e menos poluentes de energia, por ser composto por gases que não contribuem para o efeito estufo e nem para a poluição da atmosfera. Para que ele possa ser armazenado em botijões, o GLP é armazenado sob um certo grau de pressão em estado líquido, e durante o uso, o conteúdo retorna ao seu estado gasoso. Ademais, ele é mais pesado que o ar. Dessa forma, em caso de vazamento em ambientes fechados, o GLP se acumula próximo ao solo. Por medida de segurança, antes de ser entregue ao consumidor, é adicionado odor ao GLP, já que por natureza ele é inodoro e inflamável. Dessa forma, os consumidores são capazes de identificar um vazamento.

No Brasil, além do uso residencial, o GLP também é utilizado no agronegócio, indústria, hotelaria, hospitais, restaurantes, entre outros. Por ser armazenado em botijões, o GLP é o combustível com maior alcance em território nacional, devido a facilidade de transporte. Ele pode ser encontrado em recipiente de diversos tamanhos, inclusive em tanques de grande capacidade, e pode ser transportado em caminhões, o que permite que ele atinja locais isolados.

O GLP é vendido a Kcal/Kg e tem preços mais flexíveis. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu o preço do GLP P-13 (gás de cozinha) como sendo menor que o do GLP para uso industrial e comercial, por se tratar de uma política energética de interesse nacional.

Segundo a Petrobras, o preço do GLP vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. São levados em consideração, ainda, os tributos, que são cobrados pelos estados (ICMS1) e pela União (CIDE2, PIS/PASEP3 e Cofins4).

Em dezembro de 2020, a parcela do preço de revenda da Petrobras nas refinarias correspondia a 45% do preço final do GLP ao consumidor final. Ademais, pela distribuição e a revenda não serem um monopólio, o preço do GLP costuma sofrer variações entre as diferentes distribuidoras e localidades. A margem de distribuição e revenda corresponde a cerca de 37% do valor do GLP para o consumidor final. A parcela restante (18%) deve-se aos impostos.

 

 

 

Fonte: CBIE