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Hora de recorrer às térmicas, de Adriano Pires (Fonte: CBIE)
Hora de recorrer às térmicas, de Adriano Pires (Fonte: CBIE)

RIO – As boas perspectivas de dezembro para o período úmido trouxeram um otimismo confirmado pela bandeira tarifária verde definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), porém o cenário em janeiro foi devastador. A expectativa de chuva foi bem abaixo do esperado e as condições meteorológicas do país não devem se reverter até a primeira quinzena de fevereiro.

Segundo as previsões no mercado de energia elétrica, estão previstas chuvas escassas no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. “E, mesmo se chover na segunda quinzena, ainda levará tempo para as chuvas transformarem-se em vazões, pois o solo seco absorverá toda a água”, defende o professor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

O verão de altas temperaturas elevou a carga no Sistema Interligado Nacional (SIN), que vem batendo seguidos recordes de carga, deixando os reservatórios com armazenamento reduzido e  deplecionando seus estoques. A situação exige o acionamento das termelétricas, segundo Pires. “Estamos em uma situação energética comprometedora. Para atender à demanda de 2019, a solução imediata possível é o acionamento das térmicas através do despacho pleno de todo o parque térmico”, disse o consultor do CBIE.

Mesmo com o acionamento das térmicas, com cenário atual tão seco, é vital que o período úmido volte à expectativa inicial para estabilizar o sistema. “O país tem que torcer por uma reversão no clima”, enfatizou Adriano.

Fonte: CBIE