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A geração de energia através de fontes renováveis vem encontrando cada vez mais incentivos nos últimos anos, principalmente devido à redução de custos em torno do desenvolvimento destas tecnologias desde 2010. De acordo com a Bloomberg, as energias solares e eólicas já são as fontes disponíveis mais baratas em mais de dois terços do mundo. A expectativa é que essas fontes fiquem mais baratas que o gás e o carvão em praticamente todos os países até 2030.

Ademais, segundo o Relatório da Situação Global das Renováveis de 2019, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), foram investidos mais de US$ 2,6 trilhões em fontes de energia no mundo todo, nos últimos dez anos. Para o futuro, a expectativa é que esse número cresça ainda mais. É cada vez maior a quantidade de países que desenvolvem políticas de incentivos para a geração e utilização de fontes limpas. De acordo com o estudo da Bloomberg, a expansão da capacidade energética global irá demandar cerca de US$ 13,3 trilhões até 2050. Desse total, 77% serão destinados a fontes renováveis. Além de serem benéficas para o meio ambiente, fontes renováveis também reduzem a dependência de alguns países em torno do petróleo e outros combustíveis fósseis. Até 2050, as energias renováveis devem representar cerca de 50% da energia mundial.

A China é hoje, o maior produtor e investidor em energias renováveis no mundo, além de ter o maior mercado de energia eólica e solar do mundo. O país, que é também o maior importador de petróleo mundial, vem investindo nessas fontes como forma de reduzir sua dependência no comercio exterior, e possuía capacidade instalada de 695.865 MW em 2018. Cerca de um terço da capacidade mundial de energia eólica está localizada no país, assim como o maior parque eólico do mundo, na província de Gansu. Segundo estimativas da Bloomberg, a presença de energia solar e eólica deve atingir 48% da geração total de energia no país em 2050.

Em segundo lugar em termos de capacidade, está os Estados Unidos. No país, as fontes de renováveis, assim como o gás natural, vêm substituindo o carvão e a energia nuclear, como as principais formas de obtenção de energia. A expectativa, é que as fontes de energia limpa atinjam uma penetração de 43% no mercado americano em 2050, e que as emissões de gases poluentes caiam 54%, na comparação com os dias atuais.

O Brasil está em terceiro lugar no ranking, com 135.674 MW de capacidade instalada em 2018. O país possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, devido a grande quantidade de hidrelétricas. Consequentemente, em 2019, o setor de energia era responsável por apenas 4% das emissões de CO2 do país. No entanto, com o desenvolvimento de outras fontes verdes, a expectativa é que este valor caia 86% até 2050. Entre 2009 e 2018, a capacidade de energia solar do país passou de quase gero para 2,2 GW em 2018. Ademais, o Brasil país liderou o crescimento da energia eólica na América do Sul nos últimos dez anos. Em 2018, a capacidade total instalada de energia eólica do país foi de 14,4 GW, representando 77,4% da capacidade total da região. Em 2019, o Brasil ficou em oitavo lugar entre os países que mais geraram empregos no mundo em energia solar fotovoltaica. No ano, mais de 43 mil empregos foram criados pelo setor no país.

Na tabela abaixo é possível ver o restante do ranking em termos de capacidade e geração.

Capacidade (MW) – 2018 Geração (GWh) – 2017
China 695.865 China 1.640.511
USA 245.245 USA 718.174
Brasil 135.674 Brasil 465.568
Alemanha 120.014 Canadá 432.159
Índia 117.919 Alemanha 216.336
Canadá 99.035 Índia 209.181
Japão 90.154 Rússia 185.822
Itália 53.290 Japão 168.236
Rússia 52.224 Noruega 144.954
França 50.504 Itália 103.910

Fonte: International Renewable Energy Agency (IRENA)

(Fonte: CBIE)