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De acordo com a atualização mais recente, em 18 de abril, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,56/litro (ou -11%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 17,9% no preço internacional do diesel, e da redução de 0,6% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (11/4). No período em análise, não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 11 a 18 de abril), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,25/litro (ou -5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,38/litro (ou -8,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 18 de abril. O resultado teve influência do aumento de 11,8% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e do crescimento da taxa de câmbio, citada acima. Tal como para o diesel, não houve reajustes no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 11 a 18 de abril), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,23/litro (ou -5,4%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de análise, um conjunto de fatores influenciaram o preço do barril de petróleo, a saber: as projeções mensais de mercado divulgadas pelos principais agentes do setor, a continuidade do conflito no leste europeu, o impacto econômico do lockdown na China e as interrupções na cadeia de produção de petróleo no Norte da África. Tanto a guerra da Rússia contra Ucrânia, quanto as medidas restritivas em cidades da China, representaram fatores estáveis na composição dos preços da commodities durante o período, o primeiro pressionando a oferta, e o segundo a demanda, porém sem a ocorrência de novos eventos relevantes.

Na semana de referência, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) divulgou seu relatório mensal de análise do mercado de óleo e gás. No documento, a IEA realizou um ajuste negativo de 260 mil barris por dia (b/d) na estimativa de crescimento da demanda global de petróleo para 2022, destacando o impacto econômico das medidas de lockdown severas impostas pelo governo chinês. Após o reajuste, o indicador alcançou 99,4 milhões b/d, um aumento de 1,9 milhões b/d em relação a 2021. Segundo os cálculos da agência, as sanções contra a Rússia durante as primeiras duas semanas de abril foram responsáveis por retirar cerca de 700 mil b/d de circulação da cadeia global da commodity, volume que até o fim do mês deve alcançar média diária de 1,5 milhão de barris.

Assim como a IEA, durante o período de referência, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), também, divulgou seu relatório mensal. A estimativa de crescimento da demanda sofreu um leve reajuste negativo de 40 mil b/d, chegando a 5,7 milhões de b/d. Ao longo do relatório, a OPEP dá ênfase ao impacto econômico gerado pelo conflito no leste europeu, assim como suas consequências aos mercados de óleo e gás, sem trazer muitas considerações acerca do impacto da atividade econômica reduzida na China.

A cotação da commodity, também, teve influência de interrupções da cadeia produtiva na Líbia, e do surgimento de rumores acerca da proibição de importação de enérgicos da Rússia na Europa. Na Líbia, dois portos utilizados para exportação do energético foram forçados a interromper suas atividades por ativistas. O ataque é mais um, em uma série de investidas, contra a indústria de petróleo da Líbia, que passa por uma grave crise política. Na mídia internacional, o New York Times divulgou a notícia de que os países europeus estariam se preparando para proibir a importação de petróleo e derivados de origem russa. Supostamente, a medida teria caráter progressivo e reduziria a influência da Rússia no continente até o final deste ano. O jornalista, no entanto, declarou que o plano oficial só deve ser divulgado após o fim das eleições presidenciais na França.