Aumenta a defasagem entre os preços nacional e internacional dos combustíveis
De acordo com a atualização mais recente, em 14 de dezembro de 2020, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,21/litro abaixo (ou -10,2%) do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 4,6% no preço internacional do diesel, com relação ao preço da semana anterior (7/12), combinado à redução de 0,9% na taxa de câmbio (R$/US$). Não houve reajustes no preço nacional do diesel na refinaria, na semana em análise.
Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:
O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,21/litro abaixo (ou -11%) do preço no Golfo do México (EUA), em 14 de dezembro. O resultado teve influência da elevação de 5,9% no preço internacional da gasolina, com relação à semana anterior, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço da gasolina não foi reajustado na refinaria nacional no período em análise.
Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:
O preço do barril de petróleo, variável importante para o preço internacional de gasolina e do diesel, permaneceu sob influência da pandemia de coronavírus (COVID-19). No entanto, o otimismo em torno do início da vacinação em alguns países desenvolvidos vem impulsionando o preço da commodity. Sinais de demanda resiliente na Ásia e em outras regiões também ajudaram a sustentar os preços. Na semana em análise, os preços também foram influenciados pelas as notícias de um incêndio e explosão em um navio-tanque no porto de Jeddah, da Arábia Saudita.
Também teve influência, o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que cortou sua previsão para o crescimento da demanda por petróleo em 2021 em 350 mil barris por dia (b/d) com relação a sua projeção anterior. A organização estima que, em 2021, o crescimento da demanda mundial de petróleo será de 5,9 milhões de barris por dia, chegando 95,89 milhões de b/d. Para 2020, a demanda de petróleo é estimada em 89,99 milhões de b/d, uma queda de 9,77 milhões de b/d em relação a 2019. De acordo com a OPEP, o resultado da previsão deve-se à incertezas em torno do impacto da pandemia de COVID-19 e do mercado de trabalho sobre as perspectivas de demanda para combustível nas economias desenvolvidas, durante o primeiro semestre do próximo ano.