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De acordo com a atualização mais recente, em 12 de julho, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,30/ litro (ou -9,8%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a elevação de 1,6 no preço internacional do diesel, somada ao aumento de 1,2% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (06/07). Não houve ajustes no preço doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 06 a 12 de julho), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,25/litro (ou -8,2%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,57/litro (ou -17,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 12 de julho. O resultado teve influência do aumento de 1,9% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Não houve ajustes no preço doméstico da gasolina na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:

Na média semanal (de 06 a 12 de julho), o preço da gasolina na refinaria nacional permaneceu R$ 0,54/litro (ou -16,6%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). Distribuída principalmente entre a Europa e Ásia, a variante Delta continua a se disseminar e ameaçar globalmente a flexibilização das medidas de restrição social. Essa tendência, refletida na alta de 10% nos diagnósticos globais de COVID-19 na última semana, aponta que o ritmo de vacinação precisa ser igualmente acelerado no mundo para não se interromper a normalização do fluxo de pessoas e veículos, o que prejudicaria a demanda.

A imunização na Europa, em estágio moderado, conseguiu reduzir a taxa de letalidade, apesar do aumento de casos. Dessa forma, o consumo de combustíveis tende a aumentar durante o verão. Por outro lado, o continente asiático é o mais impactado pela variante Delta, com elevada transmissibilidade e mortes especialmente na Indonésia, novo epicentro, e na Índia. A China, maior consumidora mundial de petróleo, já é impactada economicamente pelos novos surtos nos países vizinhos. Assim como os índices de produtividade industrial e de serviços se contraíram em junho, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês no segundo semestre se desacelerou, com o registro de crescimento de 7,9%, abaixo do projetado. Refém das exportações para impulsionar a reativação econômica, a economia da China e, consequentemente, o mercado futuro de petróleo pode diminuir consideravelmente no segundo semestre.

Embora a commodity continue na trajetória ascendente em razão da performance positiva da economia dos Estados Unidos (EUA), há dúvidas para o segundo semestre. O enfraquecimento do dólar, o aumento da inflação e a perspectiva de elevação dos juros geram desconfiança sobre o consumo crescente de petróleo no médio e longo prazo. Também influenciou a alta dos preços, os de estoque de petróleo bruto. O Departamento de Energia Americano (DoE) reportou uma contração no estoque de aproximadamente 6,86 milhões de barris, significativamente acima do recuo previsto pelo mercado de 3,9 milhões. A chegada do verão no hemisfério Norte confirma as expectativas de aquecimento da demanda e sustenta a valorização do petróleo.

O impasse econômico e geopolítico entre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), também, influenciou a cotação futura da commodity. Embora ambos os países estejam na fase final de negociação para ampliar as cotas de produção individuais e do grupo, ainda há preocupações com a oferta no curto prazo. Além disso, as negociações entre EUA e Irã para aliviar as sanções e reinjetar petróleo no mercado internacional permanecem estagnadas até o novo presidente iraniano assumir, em agosto.