Combustíveis na refinaria nacional seguem defasados com relação à referência internacional
De acordo com a atualização mais recente, em 24 de maio, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,30/ litro (ou -9,8%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a redução de 0,9% no preço internacional do diesel, com relação ao preço da semana anterior (17/5), somado ao aumento de 0,8% na taxa de câmbio (R$/US$). Não houve ajustes no preço doméstico do diesel na semana em análise.
Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:
O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,45/litro (ou -14,8%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 24 de maio. O resultado teve influência da contração de 3,1% no preço internacional da gasolina, com relação à semana anterior, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço da gasolina na refinaria nacional, também, não foi ajustado pela Petrobras no período em análise.
Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:
No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). Apesar da demanda indiana permanecer comprometida pelo aumento do número de casos de infecção no país, os contratos futuros da commodity foram impulsionados pelo otimismo em torno da recuperação da demanda nos Estados Unidos (EUA) e na Europa, após a divulgação de dados positivos de atividade econômica.
O aumento de 1,3 milhão de barris nos estoques de petróleo norte-americano, divulgado pelo Departamento de Energia do país na semana em análise, também, impactou o preço da commodity. O aumento foi um pouco menor do que o esperado pelo mercado, de 1,7 milhão de barris no período. Dados divulgados pelo Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) apontaram um aumento na oferta de petróleo dos EUA de 620 mil barris na semana encerrada em 14 de maio.
Em contrapartida, os avanços na negociação do acordo nuclear entre os EUA e Irã e as implicações em eventual alívio às sanções impostas os iranianos conferiram cautela ao mercado, que teme o retorno da oferta de petróleo pelo país. Adicionalmente a esse temor de sobreoferta, as incertezas a respeito do progresso na vacinação global e a possibilidade de uma política monetária nos EUA mais restritiva em virtude da inflação alimentaram a volatilidade nos contratos futuros do petróleo.