Consumidor que mudou de residência ou gera própria energia não ganhará bônus na conta de luz
Para conseguir o bônus de R$ 0,50 por cada quilowatt-hora, será preciso apresentar o consumo de energia de setembro a dezembro de 2020, para que o governo possa comprovar a economia; especialistas são contra a restrição
Por Marlla Sabino, para O Estado de S.Paulo
Aposta do governo federal para amenizar os impactos da crise hídrica, o programa que prevê descontos nas contas de luz para consumidores que economizarem energia nos próximos meses não irá beneficiar a todos. Pelas regras estabelecidas pelo Ministério de Minas e Energia (MME), consumidores que não moram na mesma residência desde setembro do ano passado ou produzem a própria energia, a chamada geração distribuída, não terão direito a nenhum tipo de bônus, mesmo se reduzirem o consumo neste ano.
A medida é voltada aos consumidores atendidos pelas distribuidoras, seja residencial, comercial ou industrial, que conseguirem reduzir de 10% a 20% o consumo. Porém, é necessário ter o histórico de consumos medidos nos quatro meses, setembro a dezembro, de 2020. Isso porque a comprovação da economia será feita com base no somatório do consumo ao longo dos próximos quatro meses, ou seja, setembro a dezembro de 2021, para comparar com a soma das mesmas quatro faturas de 2020. O bônus, no entanto, só será pago, de uma vez, em janeiro de 2022.
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