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De acordo com a atualização mais recente, em 31 de maio, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,22/litro (ou -4,2%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 10,3% no preço internacional do diesel, e da redução de 1,4% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (23/5). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 23 a 31 de maio), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,13/litro (ou -2,44%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 1,25/litro (ou -24,4%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 31 de maio. O resultado teve influência do aumento de 7% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Durante o período de referência não houve reajustes no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 23 a 31 de maio), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 1,22/litro (ou -24%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de análise, o preço do barril da commodity foi influenciado por uma série de fatores, com destaque à situação das medidas restritivas na China e à promoção de novas sanções contra a Rússia pela União Europeia. Ao final da semana, o contrato futuro mais próximo do Brent atingiu novamente o patamar de US$ 120 por barril (US$/b), visto pela última vez na primeira semana de março, logo após o início da invasão russa à Ucrânia. O movimento de alta frente às menores variações de expectativa, é um reflexo da falta de capacidade ociosa da indústria do Petróleo frente à demanda crescente e oferta oscilante.

No início da semana de referência, o ministro de relações exteriores da Arábia Saudita, Príncipe Faisal bin Farhan, realizou declarações polêmicas acerca do estado atual dos mercados de petróleo. Segundo o saudita, a avaliação do país é de que “a oferta de óleo no momento está relativamente balanceada”, e “não há mais nada que a Arábia Saudita possa fazer pelos mercados”. Analistas do setor acreditam que essa postura possa ser um prelúdio para o posicionamento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em sua próxima reunião, visto que nos últimos meses a decisão do grupo foi de manter o plano original de acréscimo mensal.

Em 30 de maio, o Conselho Europeu, após reunião de dois dias em Bruxelas, na Bélgica, definiu as diretrizes do sexto pacote de sanções contra a Rússia. As discussões e rumores sobre o tema, fomentaram a volatilidade da commodity ao longo de todo o mês de maio. O destaque, entre as novas medidas, é o banimento da importação de petróleo e derivados russos por via marítima aos países membros. De acordo com o presidente do conselho, Charles Michel, a expectativa é de que as medidas tenham efeito imediato sobre 75% da importação das commodities alvo, e de 90% até o fim do ano. Para a formulação do acordo, ficaram isentas de adesão: a República Tcheca; a Eslováquia; e a Hungria.

Na China, o relaxamento de políticas restritivas mais severas em Xangai e Pequim foi confirmado por autoridades para 1º de junho. A ideia é de que as primeiras medidas retiradas sejam aquelas destinadas aos setores de comércio e serviços, proporcionando um retorno gradual da atividade econômica e demanda aos níveis saudáveis. O retorno da demanda na China, apesar de positivo para a economia de modo geral, preocupa agentes do segmento de energia, pois pode agravar o crack spread entre a oferta e demanda de petróleo em nível global.

Além dos fatores internacionais, o energético também foi influenciado por desequilíbrios específicos de grandes centros consumidores. Nos Estados Unidos, a aproximação da temporada de viagens de verão traz um aumento sazonal da demanda pelo combustível, que ultrapassa a capacidade produtiva das refinarias americanas, impulsionando repetidos saques de estoque, e pressionando os preços. Na Europa, as forças armadas iranianas apreendam dois navios petroleiros da Grécia, que carregavam um total de 2 milhões de barris de óleo. Autoridades de países do bloco, como Alemanha, Reino Unido e Itália, já haviam declarado preocupação em relação ao abastecimento do mercado local. Assim, novas disfunções na cadeia logística europeia tendem a ter um impacto sobrevalorizado, em função da situação já instável.