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A nossa fonte de dados internacionais, a Agência de Energia dos Estados Unidos (U.S. Energy information Administration – EIA), não divulgou os preços semanais dos combustíveis em função de problemas nos sistemas, conforme notificação abaixo:

Em função do ocorrido, segue a análise com os fatores que influenciaram o preço do petróleo na semana de 13 a 20 de junho de 2022:

No período de referência, o valor do barril de petróleo apresentou a maior queda dos últimos 3 meses, com ambos os benchmarks, WTI e Brent, retornando ao patamar de US$ 100 por barril (US$/b). A maior influência para o nível de preços da commodity no período foram as declarações de membros do Banco Central americano de que o órgão assumirá postura mais agressiva em suas políticas internas, visando controlar a inflação crescente. Estratégias desta natureza tem histórico de efeito negativo sobre os níveis de atividade econômica e, consequentemente, na demanda por energéticos, o que explica a posição “baixista” do mercado em reação aos posicionamentos recentes da instituição.

No entanto, para além de fatores especulativos e externos à indústria de energia, os indicadores internos do setor apontam para permanência do aperto entre oferta e demanda. Segundo o Fórum Internacional de Energia (IEF, na sigla em inglês), em nível global, os investimentos em petróleo este ano devem ficar estagnados, podendo até mesmo decair, em função de maior aversão ao risco por parte dos produtores, dada a alta inflação e volatilidade do ativo. Gargalos nas cadeias de produção, assim como custos elevados para novos projetos do segmento, também representam impedimentos para que a produção do energético acompanhe o ritmo de crescimento da demanda.

No início da semana de análise, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) divulgaram seus relatórios mensais acerca do mercado de petróleo. Ambas as instituições mantiveram suas projeções anteriores para a demanda de 2022, ressaltando o cenário de incerteza causado pelas sanções e o elevado nível de preços, e a previsão de que a demanda chinesa se recupere no fim do ano. Segundo a IEA, com o fim do período de manutenções nas refinarias no Estados Unidos, Europa e Ásia, a produção de derivados deve apresentar uma recuperação sólida dentro dos próximos meses, o que proporcionaria um afrouxamento nos preços de combustíveis.

A situação da política de “Covid-Zero” na China, também, apresentou melhoras em comparação à última análise. Apesar do retorno da testagem em massa, não foram impostas medidas restritivas mais severas em relação à locomoção, porém, a apresentação de resultado negativo se tornou obrigatoriedade para entrada em diversos estabelecimentos. Assim, o impacto sobre a demanda por petróleo e derivados deve ser menor do que aquele observado nos meses de abril e maio, retornando gradualmente aos níveis observados antes da última onda de contaminações.