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De acordo com a atualização mais recente, em 1º de agosto, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,78/litro (ou 16,2%) acima do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se à queda de 2,2% no preço internacional do diesel, e de 4,7% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (25/7). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 25 de julho a 1º de agosto), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,45/litro (ou 8,8%) acima do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,12/litro (ou -3,2%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 1º de agosto. O resultado teve influência da redução de 9,5% do preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Em 29 de julho, a Petrobras reduziu 3,98% no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 25 de julho a 1º de agosto), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,60/litro (ou -13,1%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de referência, a cotação do barril de petróleo seguiu a tendência de alta volatilidade das semanas anteriores, com influência negativa das expectativas de recessão, e positiva dos fundamentos de mercado. As projeções para o curto prazo estão dividindo a opinião de especialistas do setor de óleo e gás. Os indicadores de atividade econômica apontam para uma desaceleração do ritmo observado nos meses anteriores, o que levaria a uma redução da demanda e, consequentemente, dos preços, porém, as análises quanto a oferta e demanda sugerem uma situação ainda apertada e sujeita a maiores riscos políticos.

No início da semana de análise, os movimentos especulativos do preço da commodity foram influenciados por declarações de agentes importantes do setor. Segundo o CEO da Shell, Ben van Beurden, dada a condição atual, as chances de os preços caírem são baixas em função das restrições sobre a oferta, limitação que deve continuar acentuando a volatilidade do ativo não só no restante de 2022, como também em 2023. Corroborando com a afirmativa do executivo, o segmento de inteligência de mercado da Bloomberg, Bloomberg Intelligence, realizou uma pesquisa em junho, com 163 especialistas do setor, dos quais 77% afirmaram esperar que o barril estará acima de US$ 100 no fim de 2022.

Um fator que impactou negativamente o valor do energético foi a divulgação do desempenho mensal dos contratos futuros de petróleo. No mês de julho, pela primeira vez desde o auge da pandemia em 2020, a cotação da commodity no mercado futuro apresentou perdas por dois meses consecutivos, sob efeito da expectativa de recessão, sustentada por resultados econômicos fracos, no segundo trimestre, por parte tanto dos Estados Unidos (EUA) quanto da China. Segundo a Citigroup Inc., os movimentos decrescentes podem sinalizar uma tendência de estabilização nos mercados de petróleo.

A expectativa sobre dois outros dois acontecimentos, fora do recorte analisado, influenciaram os movimentos do barril: a visita de Nancy Pelosi, Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, à Taiwan; e a reunião de agosto da OPEP+. A viagem da ocupante do terceiro cargo mais alto do estado norte-americano incitou ameaças chinesas e se tornou uma fonte de incerteza, ampliando as tensões entre a China e EUA. Já a reunião da OPEP+ é muito aguardada por ocorrer após solicitação do Presidente dos EUA, Joe Biden, para a Arábia Saudita expandir sua produção, ao mesmo tempo em que Vladimir Putin, sua contraparte na Rússia, solicitou cooperação comercial a seus aliados no Oriente Médio.