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De acordo com a atualização mais recente, em 6 de dezembro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,07/litro (ou -2%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 2,3% no preço internacional do diesel, junto ao aumento de 1,4% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (29/11). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 29 de novembro a 6 de dezembro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,06/litro (ou 1,9%) acima do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,13/litro (ou -4,0%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 6 de dezembro. O resultado teve influência da queda de 1,5% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço de refinaria nacional da gasolina, também, não foi ajustado, na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 29 de novembro a 6 de dezembro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,03/litro (ou -0,9%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). O número de casos registrados na Europa segue em crescimento, que agora ocorre simultaneamente ao surgimento de casos da nova variante, Ômicron, em aproximadamente 40 países ao redor do mundo. Segundo Soumyia Swaminathan, cientista chefe da Organização Mundial da Saúde (WHO, na sigla em inglês), “Nós devemos estar preparados e ser cautelosos, não entrar em pânico, pois estamos em uma situação diferente de um ano atrás”. A WHO incentiva os países a impulsionar suas campanhas de imunização com as vacinas atualmente disponíveis. Apesar dos agentes de saúde apresentarem uma perspectiva relativamente otimista acerca da Ômicron, os mercados seguem operando sob efeito de forte incerteza quanto aos impactos da nova variante e a volta de medidas restritivas na demanda.

Os dados oficiais de estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA), divulgados na última semana, indicaram queda nos estoques da commodity. De acordo com o relatório semanal da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), os estoques norte-americanos de petróleo diminuíram 0,9 milhão de barris, atingindo volume de 433,1 milhões ao final do período de análise, volume 6% menor do que a média dos últimos cinco anos. Para além, o relatório reportou, também, aumento de 4 milhões de barris nos estoques norte-americanos de gasolina, que atualmente se encontra em nível 5% menor do que a média dos últimos cinco anos.

A cotação da commodity foi influenciada, também, pela realização da 23ª Reunião Ministerial de Membros e Não-Membros da Organização dos Países Produtores de do Petróleo (OPEP), em 2 de dezembro. Na semana anterior à reunião, traders especulavam acerca de uma possível revisão do plano de produção da OPEP+ para os próximos meses, devido ao temor de um novo choque na demanda causado pela quarta onda de infecções junto à Ômicron, e a liberação coordenada de reservas dos EUA e aliados. No entanto, a organização decidiu, durante a reunião, reiterar o plano de incremento de produção já definido anteriormente, de 400 mil barris de petróleo por dia, no mês de janeiro de 2022.

Segundo analistas do Goldman Sachs Group, existem “riscos muito claros no upside” associados a decisão mais recente da OPEP+. A estratégia de manter o plano de produção anterior, junto a baixa de preços recentes, pode fazer com que produtores de xisto americanos, e outros produtores privados, encarem com mais cautela seus planos de investimento para 2022, reduzindo com mais velocidade a capacidade ociosa da organização, especialmente caso não haja um acordo para permitir a entrada de mais óleo iraniano no mercado. As declarações do grupo reiteram as preocupações acerca de um cenário de sobreoferta da commodity nos anos de 2022 e 2023, já manifestadas anteriormente por outros agentes do setor.

Ao final do período de referência, a Saudi Aramco, petroleira nacional da Arábia Saudita, elevou os preços de todas as categorias de petróleo que serão enviadas a países da Ásia, e ao EUA, no mês de janeiro de 2022. A decisão sinaliza que, apesar das preocupações com a difusão da nova variante de Covid-19, a Arábia Saudita espera uma demanda estável no curto prazo. O preço do óleo leve saudita para o mercado asiático alcança, após o reajuste, o nível mais alto desde fevereiro de 2020, quando os primeiros impactos da pandemia foram vistos nos mercados.