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De acordo com a atualização mais recente, em 22 de agosto, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,07/litro (ou -1,3%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 9,2% no preço internacional do diesel, e de 1,5% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (15/8). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 15 a 22 de agosto), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,17/litro (ou 3,5%) acima do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,05/litro (ou 1,4%) acima do preço no Golfo do México (EUA), em 22 de agosto. O resultado teve influência da redução de 0,9% do preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Durante o período de referência, a Petrobras anunciou redução de 4,8% no preço da gasolina vendida nas refinarias nacionais, com vigor a partir de 16 de agosto.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 15 a 22 de agosto), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou próxima à paridade internacional, ficando R$ 0,02/litro (ou 0,7%) acima do preço no Golfo do México.

Ao longo da semana de análise, a cotação do barril de petróleo apresentou ganhos em relação à semana anterior, sustentados pelos efeitos das ondas de calor na Europa e na Ásia, somados à especulação acerca do retorno do Acordo Nuclear Iraniano. Desde o início de junho, em função das preocupações a respeito de um cenário de recessão e dos avanços nas negociações entre Irã e Estados Unidos (EUA), a commodity teve desvalorização de cerca de 20%. Apesar de ter apresentado momentos pontuais de recuperação durante esses dois meses, o rally observado no recorte mais recente representa uma possível mudança no sentimento dos agentes de mercado, de uma posição de baixa para uma de alta.

Ainda no início do período de referência, analistas do Goldman Sachs classificaram a retomada do Acordo Nuclear Iraniano como improvável, com o barril do petróleo retornando ao patamar de US$ 90. Segundo o banco, um impasse entre as duas partes é benéfico para a operação dos mercados internacionais da commodity, e, ainda que a versão mais recente do documento seja aprovada, a entrada da produção iraniana no mercado seria gradual e, provavelmente, só teria início a partir de 2023. A queda do preço do barril na última semana e a ausência de novas declarações, tanto dos EUA quanto do Irã, acerca da conclusão das negociações, alimentaram um sentimento de incerteza no mercado e pressionaram positivamente os preços.

Também teve influência na cotação do barril, o aumento da demanda por combustíveis fósseis em função das ondas de calor que assolam o Hemisfério Norte. Na Europa, as refinarias voltaram a recorrer ao petróleo da Rússia para a produção de derivados, comprando o mesmo volume negociado que em abril, antes da imposição de sanções ao energético. Na Ásia e na América do Norte foi registrado crescimento da demanda por combustíveis fósseis em geral, sobretudo naqueles que dependem de geração eólica e hidroelétrica, considerando a maior exposição dessas fontes aos efeitos de ondas de calor extremas.

O desempenho dos mercados foi impactado, também, por declarações do ministro de energia da Arábia Saudita, Príncipe Abdulaziz bin Salman, em 22 de agosto, acerca dos fundamentos dos mercados de Óleo e Gás (O&G). Em entrevista para a Bloomberg, o ministro afirmou que “o mercado físico e o de opções se tornaram gradativamente mais desconectados”, e, caso o movimento persista, a Organização de Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) seria forçada a reduzir seus planos de produção. Em reação à declaração, os agentes de mercado assumiram a perspectiva de alta dos preços, prevendo que um possível corte da produção do grupo poderia causar novos choques nas cadeias internacionais.